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Qual a importância do atraso na condução do AP dos átrios para os ventrículos?

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Laleska Fernanda

Isso possibilita que a contração nas fibras que compõem o sincício atrial ocorra em tempo diferente da que ocorre no sincício ventricular. Assim, enquanto os átrios se contraem (sístole atrial) o sangue é ejetado para os ventrículos (em diástole), e quando os átrios relaxam (diástole), o ventrículo se contrai (sístole ventricular) impulsionando o sangue para as artérias. Portanto, o "atraso" dos impulsos, ocasionado pelo de tecido fibroso entre átrios e ventrículos, causa diferença de contração entre eles. Fundamento par ao coração propelir sangue de forma mais eficiente. 

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RD Resoluções

O músculo estriado cardíaco é conhecido por miocárdio. Assim como o músculo esquelético ele se apresenta estriado, refletindo a ultraestrutura das miofibrilas contráteis. Diferentemente do esquelético, o músculo estriado cardíaco apresenta particularidades.

Suas células são longas, cilíndricas e estriadas, porém ramificadas. Estas ramificações unem uma célula à outra através de uma estrutura permeável ao impulso elétrico e pequenos íons, o disco intercalar.

Estes discos intercalares são formados por junções do tipo GAP e desmossomas que favorece fluxo de íons e sinais elétricos facilmente de uma célula a outra. Esta estrutura também favorece a transmissão de força entre as miofibrilas das diversas células, o que é essencial para o bom funcionamento do coração como um sincício funcional. Isto quer dizer que apesar de o órgão ser formado por diferentes células ele se comporta como se fosse um único bloco celular.


 

Existem dois sincícios funcionais no coração, um atrial e outro ventricular.

 

Os dois são separados por um tecido fibroso, que formam as 4 válvulas cardíacas, estabelecendo o que é chamado de esqueleto fibroso do coração.

Isso possibilita que a contração nas fibras que compõem o sincício atrial ocorra em tempo diferente da que ocorre no sincício ventricular. Assim, enquanto os átrios se contraem (sístole atrial) o sangue é ejetado para os ventrículos (em diástole), e quando os átrios relaxam (diástole), o ventrículo se contrai (sístole ventricular) impulsionando o sangue para as artérias. Portanto, o "atraso" dos impulsos, ocasionado pelo de tecido fibroso entre átrios e ventrículos, causa diferença de contração entre eles. Fundamento par ao coração propelir sangue de forma mais eficiente. 

Assim, no coração temos o músculo atrial, o músculo ventricular (mais espesso) e fibras musculares excitatórias e condutoras. Estas fibras apresentam poucas miofibrilas, além disso, apresentam particularidades da membrana plasmática que auxiliam na ritimicidade e velocidade de condução dos potenciais de ação, formando um sistema excitatório para o coração.

 

O coração apresenta 4 propriedades funcionais que estão interconectadas:

 

Automatismo

Condutibilidade

Excitabilidade

Contratilidade

 

Automatismo:

Capacidade de gerar seus próprios potenciais de ação, ou seja, sua própria atividade elétrica, independente de comando central (vontade ou pensamento direcionado para a ação). No músculo estriado esquelético há necessidade de um comando central no músculo estriado cardíaco não.

 


Um potencial de ação é uma inversão do potencial de membrana que percorre toda a membrana de uma célula excitável como músculos (esquelético, cardíaco ou liso) ou tecido nervoso.


 

Todas as células vivas apresentam uma diferença de potencial elétrico entre o meio interno da célula e o meio externo, ou seja, um potencial de membrana. Essa diferença é separada pela membrana plasmática e determinada pela quantidade de cargas elétricas positivas ou negativas em torno da membrana. Normalmente, o lado exterior das células possui carga efetiva positiva, enquanto o lado interior das células possui carga efetiva negativa. Neste estado a célula está polarizada.  Em um dado momento quando existe uma entrada de cargas positivas acima de um determinado nível, chamado de limiar, as células excitáveis se despolarizam. Esta despolarização resulta da abertura de canais iônicos na membrana das células. Esses canais iônicos são proteínas que permitem o acesso do lado externo da célula para o lado interno, como se fosse um portão. Quando as células são ativadas, ou seja, existe uma diferença de voltagem, voltagem bem baixa dada em milivolts (mV), a que a célula é exposta. Estes canais se abrem permitindo que uma grande quantidade de cargas positivas entre na célula, invertendo sua polaridade momentaneamente, acontece à despolarização da célula.


No tecido cardíaco, existem alguns locais que apresentam membrana com vários destes canais, o que determina uma ação de automatismo intermitente, contínua. Um dos locais mais importantes é o nodo (nó ou nódulo) sino-atrial. Localizado no átrio direito, na porção onde ocorre a desembocadura da veia cava superior.


Fonte: http://www.museuescola.ibb.unesp.br/subtopico.php?id=2&pag=2&num=7&sub=54

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