Respostas
selma santos
1. Absoluta: A competência absoluta jamais pode ser modificada, pois é determinada de acordo com o interesse público, assim não é plausível de mudança pelas circunstâncias processuais ou vontade das partes. A competência absoluta é assim considerada quando fixada em razão da matéria (ratione materiae, em razão da natureza da ação, exemplo: ação civil, ação penal etc), da pessoa (ratione personae, em razão das partes do processo) ou por critério funcional (em razão da atividade ou função do órgão julgador ex: competência para julgamento de recurso), em alguns casos o valor da causa bem como a territorialidade podem ser consideradas competência absoluta, mas a isso se trata como exceção.
2. Relativa: A competência relativa, diz respeito ao interesse privado, ela é fixada de acordo com critérios em razão do valor da causa (Juizados Especiais Estaduais, Federais e da Fazenda Pública, que tem um teto previsto para o valor das ações) em razão da territorialidade (de acordo com a circunscrição territorial judiciária, foro comum: domicilio do acusado)
Diferente da incompetência absoluta, a relativa só pode ser requerida pelo réu, no prazo da resposta sobre a penalidade de preclusão. Assim, o juiz não pode reconhecê-la de oficio, mas o Ministério Público pode alegá-la em beneficio de réu incapaz.
A arguição de incompetência relativa deve ser feita por exceção instrumental, que deve ser ajuizada em peça apartada da contestação. Porem o Superior Tribunal de Justiça, tem entendido que essa pode acontecer também na contestação.
Depois de reconhecida a incompetência relativa, remete-se os autos aos juízes competentes, porém não há anulação dos atos já praticados, ou seja opera efeitos ex-nunc. A regra de competência relativa pode ser modificada também por conexão e continência.
A contestação na qual se argui incompetência pode ser protocolada no foro de domicílio do réu, provocando a suspensão da audiência de conciliação ou mediação
Carlos Eduardo Ferreira de Souza
COMPETÊNCIA ABSOLUTA |
COMPETÊNCIA RELATIVA |
Estabelece regras de competência a partir do interesse público. |
Fixa regras de competência a partir do interesse particular. |
Provocação ou de ofício |
Provocação |
Não pode ser alterada pela vontade das partes |
Admite eleição de foro |
Não admite conexão e continência |
Admite conexão e continência |
Material, em razão da pessoa e funcional |
Territorial e valor da causa |
Consequência da não alegação pelas partes:
- Quando se tratar de competência relativa, ocorre a prorrogação da competência e o juízo inicialmente incompetente passa a poder validamente julgar o processo;
- Quando se tratar de competência absoluta, a alegação pode ser feita a qualquer momento, mantendo-se os atos válidos até apreciação (ratificação ou não) do juízo competente.
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