Sinopse: É após a morte que Brás Cubas decide narrar suas memórias. Nesta condição, nada pode suavizar seu ponto de vista irônico e mordaz sobre uma sociedade em que as instituições se baseiam na hipocrisia. O casamento, o adultério, os comportamentos individuais e sociais não escapam à sua visão aguda e implacável, nesta obra fundamental de Machado de Assis.
Machado de Assis escreveu Memórias Póstumas de Brás Cubas em 1880 e é com essa obra que inicia o Realismo no Brasil. É uma historia que surpreende desse o título “Memórias Póstumas” o que sugere que foi escrito por alguém que já morreu. Além disso, a dedicatória é em forma de um epitáfio (frase escrita em túmulo) buscando, assim, atrair a atenção do leitor. Trata-se de um romance diferente de todos os outros, pois este é narrado por um defunto, Brás Cubas, membro da elite carioca do século XIX, herdeiro de terras e escravos.
Na infância Brás foi uma criança muito mimada por todos da família, principalmente por seu pai. Ao chegar à vida adulta se envolve com Marcela uma cortesã e por causa desse relacionamento ele quase leva sua família a falência. Diante desse ocorrido seu pai o obriga a ir para Lisboa estudar e se tornar um bacharel em Direito. Após alguns anos e com o falecimento da mãe ele retorna e tenta refazer sua vida com a ajuda do pai.
Este é um livro de memórias diferente dos outros, pois, inicia-se pelo óbito e não pelo nascimento. Assim, aproveitando- se do fato de estar morto, o narrador pode falar de tudo e de todos, sem nenhuma culpa. Diante disso, através do narrador, Machado faz uma crítica à escravidão, ao preconceito, ao adultério, à sociedade da época que somente valorizava quem tivesse altos cargos e elevado poder aquisitivo, aos casamentos arranjados, realizados apenas com casais da mesma classe social.
Durante toda a sua vida Brás Cubas não concretizou nenhum dos seus projetos, pois não se empenhava para realizá-los.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar