O que é um Estado absenteísta?

Rosi, sob uma ótica consequencialista, atualmente, sua indagação é verdadeira. Contudo, é relevante lembrar que no seu momento histórico, o Estado liberal era tido como um modelo ideal. 

O que quero dizer com isso é que à época, depois de uma superação de um sistema absolutista, entre revoluções gloriosas e sangrentas, depois do falecimento de um modelo irresponsável de governo, o Estado liberal durante muito tempo atendeu aos interesses vigentes em sua época, porquanto que ao se basear em idealismo liberal, defendia a intervenção mínima do Estado e atendia os interesses da classe verdadeiramente vitoriosa, a saber, a burguesia.

Somente com o desenvolvimento dos direitos de segunda dimensão há uma mudança no paradigma, fazendo nascer com isso um Estado prestacionista, mais preocupado com a justiça social. 

É o Estado Liberal. Nascido de uma dupla influência: o individualismo filosófico e político do sec. XVIII e da Revolução Francesa; de outro lado o liberalismo econômico fisiocráta e de Adam Smith, para quem o Estado seria incompetente para exercer funções de ordem econômica. Tinha, portanto, como essência, a abstenção, ao limite do possível, da presença do Estado ba vida do homem.

Tratava-se de um Estado que tutelava apenas os direitos civis ou políticos, conhecidos como direitos de primeira dimensão. Direitos marcadamente individualistas, afirmando-se como direitos do indivíduo frente ao Estado, direitos de defesa diante do poder do estatal; liberdades públicas.

Claudio e Enilton, então absenteísta é o Estado que não consegue cumprir, ou pelo menos não tenta a práxis da equidade?