quais argumentos poderiam ser invocados pela PGE em defesa do diploma legal ?

“Do exercício da competência legislativa concorrente para a matéria de consumo – competência da União para editar normas gerais e dos Estados-membros para suplementá-las – art. 24, V da CF.

Note-se que o presente autógrafo é fruto de proposição parlamentar que visa a proteção do consumidor – especialmente quanto ao direito de manter-se protegido contra práticas abusivas ou ilegais impostas no fornecimento de produtos e serviços –, matéria inserta, portanto, no âmbito do direito do consumidor.

Lei estadual que disciplina compras coletivas pela internet enquadra-se na seara do Direito do Consumidor. Segundo o art. 24, V, da Constituição Federal, competem à União e aos Estados legislar concorrentemente sobre matéria consumerista. Vejamos.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

V - produção e consumo;

Portanto, temos que o Estado atuou no exercício de sua competência legislativa concorrente, tal qual autorizado pela Constituição Federal.

Nessa linha, a jurisprudência estabelecida pelo Supremo reconhece a competência dos estados para legislar concorrentemente sobre direito do consumidor.

O Estado do Rio de Janeiro, inclusive, legislou sobre o tema por meio da Lei 6.161/2012, que permanece em vigor.