No período anterior a Florence Nightingale, as mulheres que praticavam a enfermagem eram as religiosas, as prostitutas, bem como as escravas.
Florence recebeu sua formação através da escola Kaiserwerth, de moralidade rígida, que formava cuidadoras, estudou na Itália e na Áustria, mas, antes que ela revolucionasse a enfermagem e suas práticas, eram principalmente as mulheres religiosas de variadas correntes que exerciam a prática do cuidar. Elas atuavam em conventos, instituições filantrópicas, ações de caridade e até iam à casa das pessoas quando chegava ao seu conhecimento que estas não podiam ir até elas. Eram mulheres que entregaram sua vida a Deus, como a própria Florence diz ter feito, em favor dos doentes e dos necessitados, ou até mesmo obrigadas por suas famílias e que desenvolveram um alto apreço pela vida humana, pois esta seria a dádiva mais preciosa de Deus e era sua missão ajudar a preservá-la. Essas práticas eram, em sua maioria, baseadas em conhecimentos populares com pouco ou nenhum respaldo científico.
Outro tipo de mulher que atuava nessas áreas antes do marco Florence, eram as alcólatras e as prostitutas, que trabalhavam em instituições insalubres por salários ínfimos, ou apenas por comida e um lugar para dormir. Eram essas mulheres que cuidavam dos doentes e feridos em regiões mais íntimas, em que o pudor das religiosas não permitia que tocassem ou olhassem.
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