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Quais são as principais características do sistema constitucional de crises?

💡 2 Respostas

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Cristiane Gallo

O sistema constitucional das crises pode ser definido como um conjunto de normas constitucionais que definem e regem os chamados estados de exceção ou de legalidade extraordinária: o estado de defesa e o estado de sítio.

Esse sistema tem a finalidade de manter ou restabelecer o estado de normalidade institucional, defendendo a Constituição contra perturbações na ordem constitucional, bem como defendendo o Estado em situações decorrentes de guerra externa.

O sistema constitucional das crises envolve necessariamente limitaçõesàs liberdades públicas. Porém, essas limitações devem estar taxativamente enumeradas na Constituição.

Ademais, esse sistema deve ser regido pelos princípios da necessidade, sob pena de se configurar medida arbitrária, verdadeiro golpe de estado, e da temporariedade, sob risco de se converter em uma ditadura.

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Gabriela Gattulli

Algumas das características do sistema constitucional de crises é sua excepcionalidade, por redefinir e repensar, por tempo determinado, a separação de poderes e/ou a divisão de competência entre os membros da federação. Sendo assim, um exemplo firmado na constituição é o estado de sítio ou a intervenção militar. Nesse sentido, destaco a lição dos professores Gilmar Mendes, Inôcencio Coelho e Paulo Branco.

“[...] a organização constitucional dos períodos de crise [...] essa legalidade excepcional [...] é radicalmente distinta do chamado Estado de Exceção, aquela situação de fato que, estabelecida, implica o esvaziamento do direito e sua substituição por uma espécie de anomia transitória, sob cuja vigência, de maior ou menor duração – a depender das circunstâncias -, são afastadas ou suprimidas as restrições que, em situação normal, as leis impõem às autoridades e aos detentores do poder em geral. Precisamente por isso os estudiosos dizem que o Estado de Exceção situa-se num franja ambígua e incerta – na interseção do jurídico e do político – vindo a se constituir em ponto de desequilíbrio entre direito público e fato político.”

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