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Alguém tem o resumo do livro um toque de clássico

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Vera Lúcia Felicio MH

RESUMO:
Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber - Parte 1

Apresentação da obra:

O livro “Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber”, como o próprio nome sugere, discute e analisa, de forma brilhante, diga-se de passagem, o vasto e complexo legado literário deixado por esses três pensadores (acredito que essa seja a palavra mais adequada para descrevê-los de forma resumida).

Não é à toa que os três são considerados como os fundadores do método sociológico. Aliás, se esse ramo do conhecimento pudesse ser simbolicamente representado por uma figura geométrica, certamente o triângulo seria o escolhido. E, sem dúvidas, cada um dos “grandes clássicos” (apoiando-se uns sobre os outros e mutuamente dependentes entre si) contribuiria para a formação de cada um dos três lados.

Afinal, como as autoras fazem questão de salientar, ainda que existam inúmeros pontos de discordância entre eles, é notório que a obra weberiana e a obra durhheimiana não seriam as mesmas se não tivessem sofrido a influência de Karl Marx, que os precedeu.

Aliás, ideias, valores, ideologias, conflitos e paixões presentes na sociedade permeiam a produção sociológica, que continua a ser um debate entre concepções que procuram dar resposta às questões cruciais de cada época. Por inspirar-se na vida social, não pode, portanto, estar

ela própria livre de contradições.

Assim, trilhando um longo e árduo caminho, dedicando-se com afinco a estudar as indigestas teorias elaboradas por tão nobres intelectos, numa incansável (e também inatingível) busca por decrifá-las, a obra de Quintaneiro, Barbosa e Oliveira se tornaria referência para todos os amantes da Sociologia, ciência intrinsecamente humana e base de suporte para quase todos os demais ramos do conhecimento.

Merecem, portanto, as autoras, votos de louvor pela persistência prolongada na lide diária com tão instigantes assuntos. A cada edição, seu livro se torna melhor e mais agradável. A mais recente, aliás, foi lançada em 2010. Contudo, motivos não faltam para que aguardemos ansiosos por uma nova versão desta obra que, dado o brilhantismo das autoras, também já faz parte dos chamados “Clássicos da Sociologia”.

Estrutura do livro:

O livro é basicamente dividido em quatro grandes capítulos, acrescidos, ao final, de um apêndice, no qual a autora expõe em ordem cronológica os principais fatos e acontecimentos que marcaram as atribuladas vidas de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber.

No primeiro capítulo (Introdução) as autoras apresentam ao leitor os movimentos políticos, sociais, econômicos e culturais que antecederam a produção bibliográfica dos três clássicos. Desse modo, fica
claro que quaisquer teorias que tenham desenvolvido, por mais fascinantes que sejam, nunca deixarão de ser meros modelos teóricos, que para sua aplicabilidade prática precisarão sempre ser relativizados e contextualizados.

Nessa mesma etapa é feita uma breve análise das obras mais marcantes dos antecessores da Sociologia, começando pela filosofia grega, passando por Descartes, Rousseau e Thomas Hobbes, e finalmente chegando aos escritos do francês Claude Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon.

Em seguida, inicia-se propriamente à análise da obra do primeiro grande clássico da Sociologia, o alemão Karl Marx. São discutidas suas principais influências e parcerias, como Hegel e Engels, indispensáveis à evolução do pensamento marxiano até o materialismo dialético e a luta de classes.

O capítulo seguinte é dedicado ao francês Émile Durkheim, primeiro professor universitário de Sociologia, considerado por muitos como o verdadeiro “pai” desse ramo do conhecimento científico.

Por último, Quintaneiro, Barbosa e Oliveira nos introduzem no pensamento weberiano,
descrevendo de modo ímpar suas teorias sobre relação social, poder e dominação. Merecem destaque as reflexões a respeito da Sociologia da Religião.

Na próxima publicação faremos uma análise da obra do primeiro grande clássico da Sociologia, o alemão Karl Marx.
 
 
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Lobo Negro

E os outros  Durkheim e Weber ??

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Vera Lúcia Felicio MH

RESUMO DO LIVRO UM TOQUE DE CLÁSSICOS

 
RESUMO DO LIVRO UM TOQUE DE CLÁSSICOS

Referência:
QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia de. Um toque de clássicos: marx, durkheim e weber. 2. ed., rev. e ampl Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2002. 168 p. ; 23 cm ISBN 8570413173 

MONTESQUIEU
Charles Louis de Secondat, Barão de la Brède e de Montesquieu, filósofo político de grande impacto osbre as ciencias sociais, tendo lançado mao do CONHECIMENTO HISTÓRICO E EMPÍRICO para fundar seus argumentos, DISTANCIANDO-SE, ASSIM DO RACIOCÍNIO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO característico dos contratualistas.

SAINT-SIMON
Claude Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon (1760-1825), um dos primeiros a dar-se conta da inutilidade da aristocracia no contexto da nova sociedade. Um dos fundamentos da análise sociológica de Saint-Simon é a existência de classes sociais dotadas de interesses conflitantes. Segundo ele industriais franceses deveriam mandar uma carta ao rei pedindo que ele os livrasse dos ultramonarquistas e bonapartistas dizendo: “somos as abelhas, livrai-nos dos zangões”. Chamou a sociologia de Fisiologia Social, cujo objeto seria a ação humana incessante, transformadora do meio, e cujo método seria o positivo das ciencias físicas. A sociedade não seria um simples aglomerado de seres vivos cujas ações, independentes de toda finalidade não têm outra razão que a arbitrariedade das vontades individuais, mas um verdadeiro ser animado, mais ou menos vigoroso, a cujas partes corrresponderiam distintas funções. A base da sociedade é a produção material a divisão do trabalho a propriedade. As vidas individuais seriam as engrenagens que contribuem para o progresso da civilização. A cada tipo de estrutura social corresponde uma moral e, na sociedade industrial, ela se vincula à produção e ao trabalho. A luta entre as classes militar ou feudal e a industrial resultaria na vitória desta última e, a partir daí, constituir-se-ia uam sociedade de trabalhadores. Posteriormente ele modificará sua visão idílica e passará a criticar os patrões que parasitam os operários. 
A CADA UM, SEGUNDO SUAS CAPACIDADES, E A CADA CAPACIDADE, SEGUNDO SUAS OBRAS. Uma ciência social positiva revelaria as leis do desenvolvimento da história, permitindo uma organização racional da sociedade.

AUGUSTE COMTE 
CUNHOU O TERMO SOCIOLOGIA
Auguste Comte (1798-1857) considerado o fundador da Sociologia. CIÊNCIA, DAÍ PREVIDÊNCIA, PREVIDÊNCIA, DAÍ AÇÃO, tratava-se de conhecer as leis sociais para poder prever racionalmente os fenômenos e agir com eficácia; explicar e antever, combinando a estabilidade e a atividade, as necessidades simultâneas de ordem e progresso, condições fundamentais da civilização moderna. Filosofia positiva com pretensão de organizar e não de destruir a sociedade como a filosofia negativa. Comte rejeitava a concepção contratualista de que a sociedade é formada de indivíduos, para ele o homem não existe, só existe a Humanidade, já que o nosso desenvolvimento provém da sociedade. O individualismo é, portanto, uma construção do pensamento pré-positivo, do espírito teológico-metafísico. Contrariamente às concepções iluministas e racionalistas do direito individual, Comte acreditava que ninguém possui o direito senão de cumprir sempre o seu dever. A ordem, base das sociedades que alcançam o estado positivo, baseia-se no consenso moral, na autoridade.

HERBERT SPENCER (1820-1903)
DARWINISMO SOCIAL adaptou a teoria evolucionista, usando analogias entre socidade e organismos. Sendo os indivíduos – unidades elementares – organismos sujeitos às leis biológicas, o arranjo e a distribuição das funções reguladoras da convivência social estariam submetidos às mesmas leis do mundo natural. O modelo de relações que a caracteriza é o contrato, porque os indivíduos procuram associar-se na busca da própria felicidade ou graças ao seu autointeresse, e o tipo de ordem daí resultante é utilitário.

IDEALISMO HEGELIANO
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831): tudo que é real é racional, e tudo o que é racional é real”. A realidade histórica desenvolve-se enquanto manifestação da razão, num processo incessante de autosuperação desencadeado pelo conflito e pela contradição que lhe são inerentes. Tal é o movimento dialético, esse caminho que produz a si mesmo. O finito deve ser apreendido a partir do seu oposto, o infinito, o universal, e é essa relação entre o particular e a totalidade que Hegel denomian unidade dialética. Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a ótica dialética cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação e superação de uma determinada ordem. CONSCIENCIA ALIENADA, separada da realidade, a consciencia de si como natureza dividada: perda de autocontrole por parte dos seres humananos, subjugados pela sua própria criação: a riqueza da vida material e seus refinamentos. Ser livre significa recuperar a autoconsciencia, e a história dos povos é o processo através do qual a Razão alcança progressivamente esse destino. 

LUDWIG FEUERBACH (1804-1872)
Alienação fundamental tem suas raízes no fenômeno religioso, que cinde a natureza humana, fazendo com que os homens se submentam a forças divinas, as quais, embora criadas por eles próprios, são percebidads como autônomas e superiores. Mundo religioso projeção fantástica da mente humana, por isso mesmo alienada.

KARL MARX
“O trabalhador é tanto mais pobre quanto mais riqueza produz ... a desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das coisas. O trabalho não apenas produr mercadorias, produz também a si mesmo e ao operário como mercadoria...”
Herdeiro de um ideário iluminista, Marx acreditava que a razão era não só um instrumento de apreensão da realidade, mas também de contrução de uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente.
Teoria marxista articula a dialética e o materialismo sob uma perspectiva histórica, negando, assim, tanto o idealismo hegeliano quanto o materialismo dos neo-hegelianos.
Marx e Engels questionam o materialismo feurbachiano que se limitava a captar o mundo como objeto de contemplação e não como resultado da ação humana. Por isso, não fora capaz de vê-lo como passível de transformação por atividade revolucionária ou crítico-prática.
Enquanto para Hegel a história da humanidade nada mais é do que a história do desenvolvimento do Espírito, Marx e Engels colocam como ponto de partida. Posteriormente esse método de abordagem foi chamado de MATERIALISMO HISTÓRICO: as relaçãoes materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formama a base de todas as suas relações. As formas econômicas sob as quais os homens produzem, consomem e trocam são transitórias e histórica
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