É uma clausula fixada em contratos, do qual as partes em comum se sujeitam a arbitragem. Ocorre que em caso de conflito, será resolvido por um árbitro que analisará a situação e dará seu parecer para a resolução do conflito, sem a necessidade de ir para juízo.
Arbitragem, segundo Carlos Alberto Carmona, consiste em um "mecanismo privado de solução de litígios". "A arbitragem é 'meio alternativo de solução de controvérsias através da intervenção de uma ou de mais pessoas (arbitros) que recebem seus poderes de uma convenção privada' - decorrente do principio da autonomia da conta das partes - para exercer sua função, decidindo com base em tal convenção, sem intervenção estatal, tendo a decisão idêntica eficácia de sentença proferida pelo Poder Judiciário. Tem como objeto do litígio direito patrimonial disponível".
"Ainda, é um meio de heterocomposição dos litígios, posto a decisão do conflito ser proferida por um terceiro necessariamente, trata-se de técnica para 'solução de controvérsias alternativa à via Judiciária caracterizada por dois aspectos essenciais: são as partes da controvérsia que escolhem livremente quem vai decidi-la, os árbitros, e são também as partes que conferem a eles o poder e a autoridade para proferir tal decisão".
O árbitro, ou o tribunal arbitral, por meio da sentença ou decisão arbitral, é/são pessoa(s) incumbida(s) pelas partes de resolver o conflito que lhe é posto, cabendo a ele, com base no que conter no procedimento arbitral, decidir em favor dessa ou daquela parte, expressando sua decisão em documento escrito.
A composição do tribunal arbitral será aquela determinada ou escolhida pelas partes que convencionaram pela arbitragem.
A Lei nº 9.307 dispõe sobre a composição do tribunal arbitral:
"Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.
§ 1º As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes.
§ 2º Quando as partes nomearem árbitros em número par, estes estão autorizados, desde logo, a nomear mais um árbitro. Não havendo acordo, requererão as partes ao órgão do Poder Judiciário a que tocaria, originariamente, o julgamento da causa a nomeação do árbitro, aplicável, no que couber, o procedimento previsto no art. 7º desta Lei.
§ 3º As partes poderão, de comum acordo, estabelecer o processo de escolha dos árbitros, ou adotar as regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada.
§ 4o As partes, de comum acordo, poderão afastar a aplicação de dispositivo do regulamento do órgão arbitral institucional ou entidade especializada que limite a escolha do árbitro único, coárbitro ou presidente do tribunal à respectiva lista de árbitros, autorizado o controle da escolha pelos órgãos competentes da instituição, sendo que, nos casos de impasse e arbitragem multiparte, deverá ser observado o que dispuser o regulamento aplicável.
§ 5º O árbitro ou o presidente do tribunal designará, se julgar conveniente, um secretário, que poderá ser um dos árbitros.
§ 6º No desempenho de sua função, o árbitro deverá proceder com imparcialidade, independência, competência, diligência e discrição.
[...]"
Fonte:
https://evanderoliveira.jusbrasil.com.br/artigos/152107354/sentenca-arbitral
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