Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso: Direito Disciplina: Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos Profa. Rosana Ragazzoni Mangini Outubro/2018 COMPARATIVO RESUMIDO ENTRE AS AÇÕES JUDICIAIS E A ARBITRAGEM[2: Adaptado de: Alem, Fabio Pedro. Arbitragem. Coleção Prática do Direito. Ed. Saraiva, 2009.] JUDICIÁRIO ARBITRAGEM Questões passíveis de apreciação Todos os direitos Direitos patrimoniais disponíveis Previsão contratual Não é preciso Deve haver prévia estipulação contratual através de cláusula compromissória ou compromisso arbitral Local A ação judicial, via de regra, é proposta no fórum do domicílio do réu (arts. 94 e 100 do CPC) O local da arbitragem é estipulado livremente pelas partes segundo critérios de conveniência recíproca Especialidade dos julgadores Os litigantes não têm prerrogativa de escolher o juiz que julgará a lide. O juiz, na maioria da vezes, não é especializado em determinadas matérias técnicas objeto do contrato e/ou da controvérsia Liberdade de escolha dos árbitros pelas partes, que podem ser especialistas versados no contrato e/ou na matéria da controvérsia Confidencialidade Os processos judiciais são públicos, via de regra (princípio da publicidade) As partes podem optar pela total confidencialidade do procedimento arbitral. Importância da não divulgação de disputas comerciais no mercado. Nos casos envolvendo AA DM. Pública deve haver publicidade. Custo O valor das custas judiciais é determinado em leis específicas Os custos da arbitragem variam conforme a câmara administradora da arbitragem, o número de árbitros e o local onde a arbitragem será conduzida. Na preparação e na resolução de disputas comerciais complexas, conduzidas no exterior, julgadas por um tribunal constituído por três árbitros e administradas por instituições arbitrais estrangeiras, os custos costumam ser mais elevados do que os de um processo judicial Regras aplicáveis Em geral, os magistrados estão adstritos a aplicar leis substantivas e processuais da sua jurisdição Possibilidade de julgamento por equidade ou por direito, ou ainda conforme as regras da Lex mercatoria e princípios do comércio internacional. Nos casos envolvendo a administração pública não se pode utilizar a equidade. Formalidade processual Procedimento formal, institucional, segundo regras previstas na lei local Procedimento mais informal. Flexibilização de prazos, das formas de apresentação de petições e de submissão de provas Regras de procedimento Segundo as normas predeterminadas no Código de Processo Civil Liberdade de escolha das regras de procedimento pelas partes. Geralmente, são adotadas as regras das câmaras que administram a arbitragem Duração do processo Sem previsão, podendo levar anos, notadamente quanto ao julgamento de recursos A decisão arbitral definitiva será proferida no prazo estipulado pelas partes. Em geral, um procedimento arbitral de complexidade média dura 18 meses Eficácia e força de lei Sentença é um título executivo judicial, mas somente se torna definitiva com o transito em julgado da decisão do último recurso A sentença arbitral é equiparada a um título executivo judicial, mas é dada em uma única instância. Não cabe recurso para reforma da decisão de mérito no Judiciário. Recurso As decisões, formais ou de mérito são submetidas a recurso, podendo ser apreciadas por instâncias superiores (princípio do duplo grau de jurisdição) Não há recurso ao Poder Judiciário, salvo pedido de impugnação dos aspectos formais da decisão arbitral. Sucumbência A parte vencida deve obrigatoriamente arcar com as custas processuais e os honorários advocatícios (princípio da sucumbência – art. 20 do CPC) As partes tem liberdade de estabelecer as regras de sucumbência Execução da decisão A depender da jurisdição o processo de homologação e execução de sentença judicial estrangeira pode ser bastante burocrático A convenção de Nova York facilita os trâmites para homologação e execução de decisão arbitral por Cortes estrangeiras
Compartilhar