As células da glia, geralmente chamadas neuróglia, nevróglia, gliócitos ou simplesmente glia (em grego, γλία : "cola") [, são células não neuronais do sistema nervoso centralque proporcionam suporte e nutrição aos neurônios.
Geralmente arredondadas, no cérebro humano as células da glia são, aproximadamente, 10 vezes mais frequentes que os neurônios no corpo humano.Ao contrário do neurônio, que é amitótico, nas células gliais ocorre a mitose.
Por décadas, neurocientistas acreditaram que os neurônios eram os responsáveis por toda a comunicação no cérebro e sistema nervoso, e que as células gliais, embora nove vezes mais numerosas que os neurônios, apenas os alimentavam. Novas técnicas de imagem e instrumentos de “escuta” mostram que as células gliais se comunicam com os neurônios e umas com as outras. As células gliais são capazes de modificar esses sinais nas fendas sinápticas entre os neurônios e podem até mesmo influenciar o local da formação das sinapses. Devido a essa proeza, as células gliais podem ser essenciais para o aprendizado e para a construção de lembranças, além de importantes na recuperação de lesões neurológicas. Experiências para provar isso estão em andamento.
Micróglia consiste em macrófagos especializados, capazes de fagocitar, que protegem os neurônios. São as menores de todas as células gliais e correspondem a 15% de todas células do tecido nervoso.
Da microglia fazem parte as células ependimárias.
Os tipos de células da macróglia são astrócitos, oligodendrócitos e células de Schwann, ambos formados a partir de glioblastos, [que são células embrionais de derivação neuroepitelial. Por volta da quinta semana de vida fetal, ocorre o fechamento do tubo neural e a formação do sulco neural, a partir do qual se forma a primitiva medula espinhal, constituída de epitélio pseudoestratificado (estrato neuroepitelial). Ali, as células se multiplicam e se diferenciam em neuroblastos (precursores dos neurônios) e glioblastos. Quando cessa a produção de neuroblastos, os glioblastos migram pela camada de substância cinzenta (camada interna da medula espinhal), dando origem aos astrócitos, e pela camada de substância branca (camada externa), onde se diferenciam em oligodendrócitos.
Localização | Nome | Descrição |
SNC | Astrócitos |
Forma estrelada; sinalização celular; a comunicação neurónio-astrócito dá-se em ambas as direcções; os pés dos astrócitos ligam neurónios e vasos sanguíneos (função nutritiva). |
SNC | Oligodendrócitos |
Fabricação da mielina a partir de lípidos e proteínas; neurónios do SNC revestidos por oligodendrócitos. |
SNC | Glioblastos | Na Retina esta é a principal célula glial e participa na comunicação bidirecional dos neurónios. |
As principais funções das células da glia são cercar os neurônios e mantê-los no seu lugar, fornecer nutrientes e oxigênio para os neurônios, isolar um neurônio do outro, destruir patógenos e remover neurônios mortos. Mantêm a homeostase, formam mielina e participam na transmissão de sinais no sistema nervoso.
As células de glia têm a importante função de produzir moléculas que modificam o crescimento de dendritos e axónios. Descobertas recentes no hipocampo e cerebelo indicam que também participam ativamente nas transmissões sinápticas, regulando a liberação de neurotransmissores ou liberando-os, elas mesmas, e liberando ATP que modela funções pré-sinápticas.
São cruciais na reparação de neurônios que sofreram danos: no sistema nervoso central, a glia impede a reparação (os astrócitos alargam e proliferam, de modo a produzirem mielina e moléculas que inibem o crescimento de um axónio lesado); no sistema nervoso periférico , as células de Schwann promovem a reparação.
O tecido nervoso é uma das quatro principais classes de tecidos. É um tecido especializado encontrado no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico. Consiste em neurônios e células de suporte chamados neuroglia.
Os neurônios são células nervosas altamente especializadas que geram e conduzem impulsos nervosos. Um neurônio típico consiste de dendritos, o corpo celular e um axônio.
As neuroglias, são células não neuronais do sistema nervoso central e do sistema nervoso periférico. Elas mantêm a homeostase, formam a mielina e fornecem suporte e proteção aos neurônios. No sistema nervoso central, as células da glia incluem oligodendrócitos, astrócitos, células ependimárias e micróglia, e no sistema nervoso periférico as células gliais incluem células de Schwann e células satélites.
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