Emendas constitucionais e a efetividade dos direitos fundamentais

exemplo do que ocorre com o recém implantado direito ao transporte. Se não há disposição legal sobre a democratização do acesso ao transporte, e tampouco programa governamental com essa finalidade, pode-se dizer que é um direito social sem efeitos.

É difícil apresentar um exemplo concreto porque uma Emenda desse tipo provavelmente seria julgada inconstitucional.

Vale mencionar que a doutrina majoritária defende que é possível que uma Emenda Constitucional reduza direitos fundamentais. Não pode, no entanto, suprimir o direito ou mesmo inviabilizá-lo. Segundo o Professor George Marmelstein, “é possível que uma emenda constitucional, eventualmente, altere o conteúdo de algum dispositivo constitucional considerado cláusula pétrea, desde que não prejudique, de forma desproporcional, a principiologia básica (essência) dos valores protegidos pelo constituinte originário.” (Curso de Direitos Fundamentais. 6ª ed. pg. 289).

Há casos de emendas que alteraram direitos e garantias fundamentais sem nunca terem sido julgadas inconstitucionais. É o caso das Emendas 20/98 e 28/00 e da Emenda Constitucional de Revisão nº 3/94.