Acerca da medida de conversão substancial do negócio jurídico preconiza o Código Civil em seu art. 170 que “se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visava as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade”. Ou seja, a conversão substancial é medida conservatória por meio da qual aproveitam-se os elementos materiais de um negócio jurídico nulo ou anulável, convertendo-o, juridicamente, e de acordo com a vontade das partes, em outro negócio válido e de fins lícitos.
A medida conservatória de conversão substancial do negócio jurídico é instituto de elevado valor jurídico, principalmente na área do Direito Contratual, visto tratar-se de uma figura que atenua as exigências do direito positivo, promovendo o aproveitamento de atos imprestáveis para a formação de um novo negócio jurídico que realize o interesse das partes e atenda a finalidade lícita exigida pela legislação.
Para a aplicação da medida conservatória é indispensável a verificação de três elementos:
1º) que haja um negócio nulo; 2º) que o negócio nulo contenha os requisitos necessários de outro negócio jurídico, e que esses requisitos necessários sejam apropriados a produzir efeitos jurídicos para satisfazer, razoavelmente, os interesses das partes; 3º) que o fim a que as partes tinham em vista leve à convicção de que elas teriam querido este novo contrato, em lugar daquele, que originariamente fizeram, se houvessem previsto a sua nulidade.
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