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Assinale a alternativa que apresenta adequadamente um soneto italiano:

 

  a.

Quando o português chegou

Debaixo duma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português.

  b.

Amemos! Quero de amor

Viver no teu coração!

Sofrer e amar essa dor

Que desmaia de paixão!

Na tu’alma, em teus encantos

E na tua palidez

E nos teus ardentes prantos

Suspirar de languidez!

 

Quero em teus lábios beber

Os teus amores do céu,

Quero em teu seio morrer

No enlevo do seio teu!

Quero viver d’esperança,

Quero tremer e sentir!

Na tua cheirosa trança

Quero sonhar e dormir! 

 

Vem, anjo, minha donzela,

Minha’alma, meu coração!

Que noite, que noite bela!

Como é doce a viração!

E entre os suspiros do vento

Da noite ao mole frescor,

Quero viver um momento,

Morrer contigo de amor!

  c.

Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,

para pensar um belo pensamento

e pousá-lo no vento! 

 

Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -

para se ver chorando, e gostar de chorar,

e adormecer de lágrimas e luar!

 

Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,

partisse por nuvens, dormente e acordado,

levitando apenas, pelo amor levado...

 

Quem tivesse um amor, sem dúvida e sem mácula,

sem antes nem depois: verdade e alegoria...

Ah! quem tivesse... (Mas, quem teve? quem teria?)

  d.

Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.

 

É um não querer mais que bem querer;

é um andar solitário entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é um cuidar que ganha em se perder.

 

É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata, lealdade.

 

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor.

  e.

No sonho escuto a voz: - amor, saudade...

Num sopro venta ao pé do meu ouvido

Lembrança antiga n´alma, n´outra idade

Palpável - gozo pleno nunca olvido.

Voz meiga, amada, amiga, em mim, cativa

Chamando: - venha aqui, meu bem-amado...

Voz límpida, alva, leve, livre e altiva

Clamando: - venha aqui, amar-me, amado...

Voz fina, frágil, franca, fiel e fluida

Dizendo: - venha aqui, amor, comigo...

No sonho escuto a voz: - eu sou a vida...

Penetro a voz e, então, no amor me abrigo.

O dia vem, me acorda, estou risonho

Mas penso: - amor... por que acordei do sonho?

💡 1 Resposta

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Lucas Filipe

a. 

Quando o português chegou

Debaixo duma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português.

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