As partes podem recusar o Juiz?
A recusa de juiz pode ocorrer nos casos em que, não se encontrando o mesmo impedido (cfr. artigo 39.º do Código de Processo Penal), porém, a sua intervenção no processo deve cessar em virtude de motivo adequado a gerar desconfiança sobre a sua imparcialidade (artigo 43.º, n.º 1, do Código de Processo Penal).
O motivo da recusa tem que se revestir de seriedade e gravidade– motivo “sério e grave” –, o que significa que, por um lado, deve resultar de elementos objectivos, ou seja, assentar em factos concretos, e, por outro, que tais factos concretos devem ser susceptíveis de provocar no cidadão médio um sentimento de forte desconfiança relativamente à imparcialidade do juiz.
A lei não discrimina taxativamente os motivos que podem fundamentar um pedido de recusa de juiz, pelo que pode ser qualquer um, desde que seja “sério e grave”, no sentido acima mencionado.
A recusa pode ser requerida pelo Ministério Público, pelo arguido, pelo assistente ou pelas partes civis (artigo 43.º, n.º 3, do Código de Processo Penal).
O juiz não se pode declarar voluntariamente suspeito, mas pode pedir ao tribunal competente que o escuse a intervir quando se verificarem as circunstâncias que poderiam fundamentar um pedido de recusa (artigo 43.º, n.º 4, do Código de Processo Penal).
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Direito Processual Civil I
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