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Com os sofistas e Sócrates?

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Izabel Paula

“Os Sofistas” é um termo que se refere a um certo grupo de gregos que trabalhavam e desenvolviam suas teorias entre os séculos V e IV a.C. Ultrapassado esta frase, o conceito torna-se de difícil síntese. E grande parte desta dificuldade se dá pela apropriação do termo mais tarde por Platão, que passou a usá-lo de forma pejorativa. Vide a cena de abertura do livro Protagoras — talvez o mais importante texto onde os sofistas são representados — logo de cara o personagem de Socrates os trata como meros caixeiros viajantes.

Vale ressaltar ainda, que boa parte do que foi produzido pelos sofistas, mais tarde foi destruído pela Igreja, o que também dificulta a exata compreensão de suas ideias.

Mas voltando aos sofistas, estes viveram numa época de expansão social, econômica, política e cultural da Grécia, expansão esta que começou a demandar maior educação formal além da básica já existente, então uma coisa que caracteriza os sofistas é justamente a sua preocupação com esta educação, com a paideia, bem como, com outros aspectos epistemológicos.

Teve como seus maiores expoentes nomes como Protagoras, que defendia a ideia de relativismo no ponto do conhecimento (o homem é a medida de todas as coisas, das que são pelo que são e das que não são pelo o que não são); Górgias, que não só é considerado o inventor da retórica como também formulou a tese do niilismo epistemológico.

E não podemos também nos esquecer dos debates encabeçados por Trasímaco, Cálicles e Antifonte sobre a antítese entre nomos (lei) e physis (natureza), a antítese entre a “lei positivada” e a “lei da natureza”.

Já Sócrates fazia oposição aos sofistas, pois discordava do relativismo moral dos sofistas, assim como de ensinar uma retórica puramente persuasiva. Sócrates acreditava na busca da verdade, e mais do que isso, acreditava que o sujeito apenas poderia ter uma vida boa através da busca da virtude, que é alcançada através do conhecimento.

Para chegar ao conhecimento, Sócrates cria o método dialético, que divide-se em três fases: i) a ironia — onde o mestre finge desconhecer o assunto para que o aluno aponte sua opinião; ii) a refutação — onde o mestre, após conhecer a posição do aluno, aponta as falhas em sua teoria; iii) e a maiêutica — onde o aluno após ser confrontado pelo mestre, passa a “parir a ideia” correta, passa trazer o conhecimento a luz, com o auxílio do mestre.

 

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