Inicialmente é fundamental esclarecer que a natureza jurídica do pedágio é de tarifa, não de taxa, consoante doutrina majoritária e entendimento pacífico da jurisprudência (ADI 800, STF).
A tarifa, ou preço público, submete-se às regras de direito privado, cuja natureza é contratual. Só se cobra pedágio daquele que, de fato, utiliza o serviço público posto à disposição, não se admitindo, portanto, que haja cobrança por utilização potencial, como ocorre nos serviços remunerados por meio de taxa (iliminação pública, coleta de lixo, etc).
Alem disso, não se pode afirmar que o pedágio limita o trânsito de pessoas, pois não impede o direito de ir e vir, apenas visa à remuneração do particular que mantem e conserva a via.Em regra, não há pedágios em vias únicas, isto é, vias que sejam a única alternativa de trânsito, mas sim nas melhores vias, entendidas estas como as mais curtas, mais rápidas, mais seguras.
Dessa forma, não há vício de inconstitucionalidade na cobrança de pedágio, tratando-se de verdadeira relação contratual havida entre o concessionário do serviço público e o particular que opta pela sua utilização.
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Processo Civil e Direito Civil
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