As espécies são:
1) Usucapião extraordinária (art. 1.238, do CC): mais liberal e, portanto, mais longa de todas. Se dá sem necessidade de provar justo título e boa-fé, havendo presunção absoluta.
1.1) Usucapião extraordinária regular ou comum: aquele que, por quinze anos, possuir como seu um imóvel (animus domini), de forma mansa, pacífica e ininterrupta, adquire-lhe a propriedade, independente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim declare por sentença, que servirá de título para o registro no de Registro de Imóveis.
1.2) Usucapião extraordinária por posse-trabalho (parágrafo único): o prazo estabelecido no dispositivo será reduzido para dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. Função social novamente qualifica a usucapião.
2) Usucapião ordinária (art. 1.242, do CC):
2.1) Usucapião ordinária regular ou comum: adquire a propriedade do imóvel aquele que, com justo título e boa-fé subjetiva, o possuir, de forma mansa, pacífica e ininterrupta, por dez anos.
2.2) Usucapião extraordinária por posse-trabalho (parágrafo único): será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. O que qualifica esta posse é o cumprimento de uma função social.
3) Da usucapião constitucional ou especial rural-pró-labore (art. 191, caput, da CF/1988; art. 1.239 do CC e Lei 6.969/1981): aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
4) Da usucapião constitucional ou especial urbana regular ou comum - pro misero (art. 183, caput, da CF/1988, art. 1.240 do CC e art. 9º da Lei 10.257/2001 - Estatuto da Cidade): aquele que possuir como sua área urbana de até 250 m², por cinco anos, ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
5) Usucapião especial urbana por abandono do lar pela Lei 12.424/2011 (acrescentou o art. 1.240-A ao Código Civil): aquele que exercer, por 2 anos ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250 m², cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. §1º O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez."
6) Da usucapião especial urbana coletiva ou usucapião coletiva (art. 10 da Lei 10.257/2001): as áreas urbanas com mais de 250m², ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
7) Da usucapião especial indígena (art. 33 da Lei 6.001/1973 - Estatuto do Índio): o índigena, integrado ou não, que ocupe como próprio, de forma mansa e pacífica, por dez anos consecutivos, trecho de terra inferior a cinquenta hectares, adquirir-lhe-á a propriedade plena.
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