A tutela provisória pode ser de urgência ou de evidência: a tutela de urgência será concedida quando forem demonstrados elementos que indiquem a probabilidade do direito, bem como o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional; e, a tutela de evidência dispensa a demonstração do perigo da demora, nos seguintes casos: ficar caracterizado abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas mediante prova documental e houver tese firmada em demandas repetitivas ou em súmula vinculante; se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito; a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
A tutela provisória é uma forma de tratar sumariamente o mérito, julgando determinado ponto, com caráter satisfativo ou cautelar, antes mesmo da manifestação da parte ré ou, ao menos, do término do processo, seja em fase recursal ou de execução.
Como informa o art. 294, do CPC, a tutela provisória pode se fundamentar na urgência ou na evidência, podendo ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Quanto à tutela de urgência, temos o art. 300, do CPC, que traz dois requisitos para concessão: o periculum in mora e o fumus boni iuris: "Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo."
Já na tutela antecipada requerida em caráter antecedente, temos o art. 303, do CPC: "Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo."
Por fim, temos a tutela de evidência, que independe de demonstração de perigo de dano ou ameaça ao resultado útil do processo. Vejamos o art. 311, do CPC, que trata da questão:
"Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável."
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