O século XX trouxe aos Estados Unidos o posto de detentor de novas teorias criminológicas por determinado período. A Escola Criminológica Norte-Americana tem seus alicerces postos na Sociologia Criminal acima resumida. Fundamentalmente na ideia de que o crime traduz um fato social, uma resposta individual ou coletiva às estruturas sociais. Tais postulados derivam, principalmente, de Durkheim. Para melhor avaliarmos essa escola criminológica é preciso regredir um pouco e analisar o contexto social em que se enquadra no século XX.
Na segunda década do Século, eclodiu a Primeira Guerra Mundial, resultando como grande – se assim podemos chamar – vitorioso, os Estados Unidos. A Europa pós primeira guerra teve como herança destroços econômicos e sociais quase que irreparáveis. O contexto político norte-americano impossibilitou qualquer tipo de acordo de paz, e inversamente a isso pugnou pela reparação Alemã, soterrando de vez a República de Weimar.
Esse cenário de desolação europeu, contrastado com o cenário de desenvolvimento norte-americano resultou em uma maciça imigração europeia em solo americano. Tal fenômeno é responsável pela criação de grandes metrópoles, com o posterior surgimento dos guetos dos imigrantes. Este cenários criou, por assim dizer, um sentimento já enraizado na cultura, de invasão dos costumes do povo estadunidense. Anteriormente, esse sentimento já havia sido responsável pela proibição da maconha para afastar os mexicanos, mas com a entrada dos europeus e a chamada “cultura da taberna”, o foco da proibição movia-se às bebidas alcoólicas.
À essa época, nos anos 20, os Estados Unidos contrastavam nas políticas públicas e no pensamento acadêmico que habitava as grandes universidades. O governo e a Suprema-Corte mantinham-se firmes nos ideais do spencerianismo, acima discorrido. Nas universidades havia os primeiros relances do culturalismo, com a renovada antropologia de Franz Boas. Essa teoria culturalista possuia como tema central e base o modelo conflitual da Psicanálise, que segundo Fabretti é o da “formação da personalidade como um processo de socialização, ou seja, de interiorização de padrões culturais, à custa dos instintos individuais”.
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