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alguém fez o caso concreto 03 de direito civil l??

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Débora Maria Francisco

Paula Oliveira, residente em Resende/RJ, foi citada para responder a uma ação proposta por Marcos Cavalcante, residente e domiciliada Nova Iguaçu/RJ, em curso perante o 1º Juizado Especial Cível de Nova Iguaçu, com audiência de conciliação marcada para o dia X/X/2017, tendo por objeto a cobrança do valor de R$ 1.600,00 (um mil e seiscentos reais), relativos às cotas de condomínio e contas de gás do imóvel em que reside, referentes aos meses de outubro à dezembro de 2016. Paula procura você, advogado, informando, ainda, que Marcos propôs ação idêntica a esta, perante o Juizado Especial Cível de Resende, com audiência marcada para a mesma semana, processo no qual também já foi citada e intimada. Paula esclarece que assinou contrato com Marcos referente ao imóvel em que reside, na data de 23 de setembro de 2016. Da cláusula n° 2 do Contrato e Compra e Venda, consta expresso que o imóvel objeto do contrato “está desocupado, livre e desembaraçado de quaisquer ônus real, pessoal ou fiscal, judicial ou extrajudicial, dívidas, arresto, sequestro, penhora, impostos, taxas, medidas cautelares, locação, comodato, ou restrições de qualquer natureza...”. O ITBI foi pago pela Ré no dia 02/01/2017 e o contrato registrado no RI em 16/01/2017. Em 17/01/2017 Marcos recebeu o valor de R$ 178. 000,00, quando Paula recebeu as chaves do imóvel. Paula e sua mãe mudaram-se para o imóvel no dia 24/01/2017. A transferência da conta do gás para o nome da Ré foi feita no dia 21/01/2017. Desde que recebeu a posse do imóvel Paula tem pago, em dia, todos os encargos condominiais e taxas referentes e ele. Não há qualquer débito, como comprova através de documentos. Vale ressaltar que o documento acostado pela autora como fundamento da ação é a comprovação do depósito de reserva, feito por Paula, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), datado de 23 de dezembro de 2016, no qual constam as seguintes observações: “a) O móvel será vendido inteiramente livre e desembaraçado de todos e quaisquer ônus judiciais, extrajudiciais, quite de impostos, taxas, luz, gás, água e IPTU. b) A posse do imóvel será dada no ato da apresentação do protocolo do registro de imóveis”. Por fim, Paula informa que a demora para a efetivação da compra deveu-se ao fato de que a documentação do imóvel não estava regularizada o que atrasou a conclusão do processo de financiamento. Elabore a defesa da ré, ciente de que a audiência de conciliação será convolada em instrução e julgamento, caso não haja acordo, e que sua cliente não cogita transigir, uma vez que nada deve à Autora.

 

Gabarito:

DAS PRELIMINARES:

Endereçamento: 1 JEC da Comarca de Nova Iguaçu.

Legitimidade ativa: Marcos e Legitimidade passiva: Paula

Da Incompetência do Juízo em razão do território – art. 4°, inciso I c/c artigo 51, inciso, III, da Lei 9099/95.

Da Litispendência – art. 337, VI e parágrafos 1°, 2º e 3° do CPC; art. 51 caput da Lei 9.099/95.

Extinção do processo sem resolução do mérito 485, V CPC

 

DO MÉRITO:

No mérito, cumprindo o ônus da impugnação especificada, o aluno deverá abordar como ponto principal que a Ré não é devedora da Autora. Desde que adquiriu o imóvel mantém

todos os encargos em dia.

Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.

  • 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.

 

  • Do Pedido Contraposto (art. 31 da Lei 9.099/95)

A autora demanda por dívida inexistente, eis que a Ré cumpriu fielmente todas as obrigações contratuais. De tal modo, nos termos do artigo 940 do Código Civil deverá ser condenada a pagar à Ré o valor demandado.

 

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer:

  1. sejam acolhidas as preliminares, extinguindo-se o processo sem exame de mérito;
  2. no mérito, seja julgado improcedente o pedido autoral;
  3. seja julgado procedente o pedido contraposto, com a condenação da autora ao pagamento de R$ 1.600,00 (mil e quinhentos e trinta reais), à Ré;

 

DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 32 da Lei 9.099/95, especialmente a prova de natureza documental, a testemunhal e o depoimento pessoal da autora, sob pena de confissão, caso não compareça ou comparecendo, se recuse a depor.

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