Realista é o que prefere tratar as coisas como elas realmente são, que trata de factos e não de ideiais, do que efectivamente acontece e não do dever-ser. Uma doutrina que pretende opor-se ao idelaismo e ao chamado normativismo. Trata-se de uma das características marcantes da primeira politologia norte-americana. Um choque realista que também abriu as portas a um entendimento pluralista da sociedade, olhando os grupos como as forças vivas insusceptíveis de um rígido enquadramento hierarquista, como foi timbre no corporativismo que sempre os entendeu como simples corpos intermediários integrados numa pirâmide de poder.
A caracterítica típica do maquiavelismo, seguido por aqueles que, dos factos, procuram extrair valores e que, dizendo-se seguidores de uma política desligada da ética, acabam por criar uma ética com fundamentos não éticos, formulando leis a partir dos factos, apesar de, paradoxalmente, considerarem que, de princípios transcendentes, não podem extrair-se factos. A partir de então, o fim da construção dessa nova realidade, já consagrada como Estado, passa, na verdade, a justificar todos os meios e a preponderar sobre eventuais moralismos.
Assim torna-se uma forma de poder limpida, onde os fins justificam os meios sem hipoteses do que a sociedade pode tornar-se, mas baseado no que a sociedade é.
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Relações Internacionais I
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