Marx dividiu a sociedade em infraestrutura e superestrutura na tentativa de compreender a organização da sociedade capitalista e da estrutura social. Com a finalidade de explicar a sociedade, ele usa a metáfora do edifício. Segundo Marx, a infraestrutura é a base da economia já que trata-se das forças de produção (matéria-prima, meio de produção e trabalhadores). A infraestrutura diz respeito a exploração da força de trabalho internamente no processo de acumulação de capital. A superestrutura, por outro lado, nada mais é do que a estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica que são criadas pelas classes dominantes de acordo com seus interesses. Ou seja, enquanto a superestrutura fica responsável por manter as relações econômicas que constituem a infraestrutura para benefício próprio, a infraestrutura possibilita a sua existência uma vez que esta produz toda riqueza necessária para a manutenção da mesma.
A infraestrutura — que corresponde a um dado nível de desenvolvimento das forças produtivas e à relações de produção específicas — se deve ao fato de que "na produção social de sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais". Como os homens não escolhem a forma de sociedade em que vivem, Marx denomina como infraestruturais ou estruturais as relações sociais necessárias em uma dada forma de organização social. Por serem necessária, tais determinações estruturais condicionam todas as demais. O "conjunto destas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política"
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Sociologia Jurídica
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