Por motivos de política criminal, a lei preferiu punir menos severamente o agente que, valendo-se desse benefício legal, deixa de persistir na execução do crime, impedindo a sua consumação, do que puni-lo com mais severidade, por já ter ingressado na sua fase executiva.
O art. 15 do Código Penal prevê as hipóteses da desistência voluntária e o arrependimento eficaz. Assim dispõe o mencionado artigo:
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Na desistência voluntária, o agente, embora tenha iniciado a execução, não a leva adiante, desistindo da realização típica.
Para que figure tal instituto, ela deve ser voluntária, ou seja, que o agente não tenha sido coagido, moral ou materialmente, à interrupção do iter criminis.
Embora a lei exija que a desistência seja voluntária, pode não ser ela espontânea.
Pra ficar mais fácil a visualização, usa-se a fórmula de Frank: existirá a desistência voluntária sempre que o agente pode prosseguir, mas não quer; se ele quer, mas não pode, há tentativa.
A desistência voluntária sempre exclui a figura da tentativa. Responde o agente pelos atos já praticados, isto é, o agente responde pelos atos que, de per si.
Espero ter ajudado :)
Sim.
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz estão previstos no artigo 15 do Código Penal que dispõe:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
A desistência voluntária acontece quando o agente ainda poderia continuar praticando o crime e chegar em sua consumação, entretanto, ele desiste voluntariamente (não precisa ser espontâneo) e não continua praticando sua conduta criminosa. Por exemplo, um indivíduo A que possui uma arma carregada com 5 projéteis descarrega 4 na vítima B. Ele observando que poderia descarregar toda sua munição, desiste voluntariamente no meio da execução e vai embora. Nesse caso o agente não responde por tentativa de homicídio, pois, a desistência voluntária e o arrependimento eficaz afasta a tentativa, entretanto, ele poderá responder por lesão corporal leve, grave ou gravíssima se a vítima não morrer. Se a vítima morre o agente será punido pelo homicídio consumado.
No arrependimento eficaz o agente utiliza de todos os meios que ele tem disponível para a execução do crime, entretanto, ele impede que o resultado se produza. Utilizando o exemplo anterior, se o agente A tivesse atirado 5 vezes (e não 4) teria utilizado todo o meio disponível para a consumação do crime. Nesse caso, se ele após ter descarregado toda a arma, desiste de prosseguir com a execução e leva a vítima para o hospital sendo que ela sobrevive teríamos a figura do arrependimento eficaz. Sendo assim, ele não iria responder por tentativa de homicídio e apenas lesão corporal leve, grave ou gravíssima caso a vítima sobreviva.
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