Quais os aspectos pedagógicos relevantes no processo ensino aprendizagem(práticas educativas)

Ensinar improvisação não é transmitir conhecimento, assim como aprender não é adquirir conhecimento. Professor e aluno não estão nem em relação vertical, nem horizontal e sim em uma relação rizomática, na qual estão inseridos como forças que possuem uma potência de afetar e ser afetado. São duas ou mais potências que juntas vão gerar formas de saber. A relação ensino/ aprendizagem deixa de ser uma relação pontual, e passa a ser um processo dinâmico no qual não se ensina e nem se aprende, mas se constrói e produz saberes. Este artigo tem como objetivo principal discutir alguns aspectos pedagógicos envolvidos na relação ensino/ aprendizagem em artes cênicas, focando especialmente no ensino da improvisação. Busca-se ainda levantar questões acerca da (im)possibilidade de transferir conhecimento(s) no contexto artístico. A autora opta por um procedimento de discussão pautado em três questionamentos: Quando se ensina improvisação, ensina-se o que? Existe uma técnica para o improvisador? É possível ensiná-la(s)? Ao longo do texto a autora aponta procedimentos possíveis para que professor e aluno embarquem em uma relação dinâmica e fluida nos processos de ensino/ aprendizagem, descentralizando e destituindo o “poder ensino” das mãos do professor, bem como provocando o aluno a sair de uma condição passiva de “receber” conhecimento. No contexto improvisacional, o ensino sempre será um ensino experiência, e que, portanto, acontece na conjugação e no interjogo entre professor e alunos.