Historicamente, o termo “constitucionalismo” contrapõe-se ao absolutismo e se consubstancia na busca contra o arbítrio do poder do Estado.
O movimento é observado na história em alguns marcos:
1. Constitucionalismo antigo: primeira experiência constitucional, vivida entre os hebreus, na Grécia antiga, Roma e Inglaterra.
2. Constitucionalismo clássico ou liberal: cuja característica marcante é o surgimento das constituições escritas; nelas são consagrados os direitos fundamentais de primeira geração.
3. Constitucionalismo moderno: surge no fim da I Guerra Mundial e caracteriza-se pela consagração dos direitos sociais (direitos fundamentais de segunda geração).
4. Constitucionalismo contemporâneo ou neoconstitucionalismo: o constitucionalismo contemporâneo, que surge com o fim da II Guerra Mundial, é também chamado por alguns autores de neoconstitucionalismo. Diante das atrocidades praticadas durante este período histórico, questiona-se o positivismo jurídico. Com o neoconstitucionalismo tem-se a dignidade da pessoa humana como núcleo da constituição.
Na nossa Constituição Federal, a dignidade da pessoa humana está assegurada pelo extenso rol de direitos fundamentais previsto, principalmente, no seu artigo 5º.
Basicamente, temos que no constitucionalismo moderno existia a prevalência das regras sobre os princípios, ao passo que no neoconstitucionalismo ambos convivem em mesma hierarquia, devendo ser conjuntamente observado.
Ademais, a constituição deixa de possuir supremacia meramente formal (constitucionalismo moderno) para passar a ter supremacia também material (neoconstitucionalismo), devendo ser observada não apenas a positivação nas constituições mas o conteúdo da norma em si.
Por fim, temos a mudança de enfoque. O constitucionalismo moderno focava na limitação do poder do soberano, enquanto o neoconstitucionalismo foca na garantia dos chamados deveres fundamentais, em especial aqueles que tutelam a dignidade da pessoa humana
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Direito Constitucional I
•FUNIVERSA
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