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FASE AMAMENTAÇÃO LEITE E MEL DE ERIK ERICKSON

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Aline Sales Silva

Erikson acredita que o desenvolvimento humano consiste na respeitabilidade mútua entre indivíduo e sociedade, propiciador de personalidades sadias. Preocupou-se com a luta do indivíduo pelo seu reconhecimento enquanto pessoa, dentro de um grupo particular, e as condições que facilitam ou impedem o desenvolvimento sadio da personalidade.


Para ele, o processo de desenvolvimento do ser humano é semelhante. À medida que as estruturas biológicas tornam-se mais complexas, mais sofisticados tornam-se os processos funcionais. O que ele quer dizer com isso? Ainda que não surjam novos órgãos ou estruturas após o nascimento, sofisticam-se as funções pelo desdobramento de capacidades locomotoras, sensoriais, etc.


A criança sempre passa por inúmeras mudanças. Tudo nela é aprendizado, distraindo de si mesma e interessando-se em novos fatos e atividades. Observamos assim que o aparato biológico do recém-nascido gradativamente se desenvolve e também seu lado emocional (a personalidade).


Para Erikson o recém-nascido é um organismo, um ego e um membro da sociedade. Como um organismo, dispõe, desde o momento do nascimento, de um conjunto de impulsos que atuam como força motivadora de condutas. Como ego, evidencia peculiaridades e, possuidor de uma herança particular, é potencialmente capaz de um desenvolvimento original. Como membro de uma sociedade, é susceptível a influências ambientais, talvez mesmo antes de nascer.


Os pais, enquanto intermediários entre a cultura e a criança, veiculam valores, ideologias e crenças que vinculam cada uma delas o seu grupo de origem. A relação da criança com sua mãe, ou com uma pessoa que cuida dela, de modo algum é unilateral. É uma relação recíproca, que opera já desde o nascimento e pode caminhar para um bem-estar ou para um desconforto para ambos.


Segundo Erik Erikson os fatores determinantes são:

Interação: Erikson entende e interpreta o desenvolvimento como uma interação entre três processos – biológico social e individual – que mutuamente se influenciam.

Sucessão: o desenvolvimento psicossocial ocorre como uma sucessão de fases, em que o indivíduo busca relacionar experiências.

Socialização: pode ser dividida em oito fases distintas, formuladas a partir de seu trabalho psicoterapêutico com crianças e adolescentes de todas as camadas sociais.

Emoções: o foco são os processos emocionais. As funções emocionais constituem-se como núcleo do funcionamento humano.

Flexibilidade: Ainda que motivado pelo instinto e submetido a uma cultura, as condutas do bebê são flexíveis e adaptáveis a diferentes estilos de vida.

• Estágios de Desenvolvimento

Através dos estudos de Freud, acrescentando seus achados antropológicos, delineou o desenvolvimento como um processo que ocorre ao longo da vida, do nascimento à morte. Na sua Teoria Psicossocial do Desenvolvimento, o desenvolvimento evolui em oito estágios. Os primeiros quatro estágios: decorrem no período de bebê e da infância, e os últimos três: durante a idade adulta e a velhice.


Cada fase é responsável por um “conflito socioemocional” do indivíduo, exigindo uma superação dessa crise para que se chegue ao estágio seguinte. Pode-se comparar o desenvolvimento emocional e social da criança à construção de uma casa: a fundação da casa precisa ser firme para que o primeiro andar se sustente, e assim por diante até ao último andar.


1ª Idade: Confiança básica versus Desconfiança básica
2ª Idade: Autonomia versus Vergonha e Dúvida
3ª Idade: Iniciativa versus Culpa
4ª Idade: Diligência versus Inferioridade
5ª Idade: Identidade versus Confusão/Difusão
6ª Idade: Intimidade versus Isolamento
7ª Idade: Generatividade versus Estagnação
8ª Idade: Integridade versus Desespero


Abordaremos os aspectos mais importantes até a adolescência:

1º Estágio - Sensório-Oral

Idade: 0 a 1 ano: nasce um bebê e, com ele, o mistério de uma individualidade que se apresentará a partir do primeiro contato com a figura materna.


Durante os primeiros dois anos de vida a criança desenvolve a confiança básica, a segurança e o otimismo. Como ela depende dos pais para tudo (alimentação, afeto, proteção), precisa confiar inteiramente neles. Nesta idade a criança vai aprender que a confiança está muito relacionada com a relação entre o bebê e a mãe. Para isso, é preciso que os pais a tratem com muito amor, atenção, apoio e paciência. Caso contrário, crescerá insegura e desconfiada. Devido à confiança do bebê e à familiaridade com a mãe, atinge uma realização social, que consiste na aceitação de que ela pode ausentar-se e na certeza que ela voltará.


O aparecimento dos dentes marca uma época importante na vida da criança. No modelo de Freud, inicia-se uma segunda etapa oral, chamada de sádica. No modelo de Erikson, dão-se concomitantemente três ocorrências importantes além da dentição. A interação de olhos, ouvidos e mãos que “prendem” melhor o objeto e escutam os diversos sons.


O desmame que geralmente ocorre à época do aparecimento dos dentes, deve, pois, ser olhado com carinho. Deve ser gradual e compensado pela estimulação adequada de outros focos que não os orais; traduzindo-se, assim, não em perda de amor ou perda da mãe, mas simplesmente em perda do peito que, por si só, marca a criança com um sentimento de perda básica. Podemos perceber que o desmame imprime um corte na unidade mãe-filho, tanto mais dramático quanto mais abrupto.


Em contato mais direto com as crianças e seus ajudantes, Erikson percebeu que as mães podem aprender rapidamente os sinais emitidos por elas, respondendo de maneira satisfatória. No final desse período a mãe já conhece bastante o filho, entendendo-o em mínimos gestos e olhares.

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