3. Considerando a aula do prof. Paulo Buss (Fiocruz) sobre os Determinantes Sociais em Saúde (DSS) e sua definição proposta pela Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), como “os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população”, e a aula do prof. Marcos Signorelli (UFPR), podemos considerar que a LGBTfobia (ódio e/ou aversão contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) presente na sociedade brasileira:
Escolha uma:
a. é um determinante social em saúde, pois impacta nas condições de vida e agravos à saúde de pessoas LGBT;
b. é um DSS, pois também impacta em aspectos psicológicos e comportamentais em relação à orientação sexual e identidade de gênero não hegemônicas na sociedade;
c. não é um DSS, pois trata-se de evento isolado e decorrente do comportamento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em relação aos valores aceitos pela maioria da sociedade;
d. alternativas A e B estão corretas;
e. nenhuma das alternativas está correta.
4. “[...] no desenvolvimento do direito da sexualidade, é mister também salientar a diversidade de perspectivas como elemento essencial a tal elaboração. Assim como no direito da antidiscriminação, onde a interseccionalidade da discriminação [...] não se reduz à mera soma de situações discriminatórias (mulheres negras sofrem uma espécie de discriminação qualitativamente diversa do sexismo contra mulheres brancas ou do racismo contra homens negros, irredutível a um ‘somatório dos prejuízos’), um direito democrático da sexualidade deve ir além do catálogo das identidades e práticas sexuais. De fato, estas não existem como identidades abstratas, sem raça, classe, cor, etnia, idade e assim por diante (p. 23).
Este rol de direitos sexuais pode ser visto como desdobramentos dos direitos gerais de privacidade, liberdade, intimidade, livre desenvolvimento da personalidade, igualdade, bases sobre as quais tem se desenvolvido a proteção jurídica da sexualidade das chamadas “minorias”. Este é um ponto importante. Focalizados sob esta perspectiva, questões tidas como específicas, minoritárias, vistas como exceções quase intoleráveis, porém admitidas, perdem essa conotação pejorativa. Assim contextualizadas, discussões sobre direitos de gays e lésbicas são concretizações de princípios fundamentais e de direitos humanos de todos (assim como a discriminação por motivo de sexo, cor ou religião), não exceção às minorias toleradas. Este debate se apresenta vivamente por meio da polêmica entre “direitos iguais x direitos especiais”. Se atentarmos [...] à situação de privilégio de certos grupos (por exemplo, o privilégio branco, masculino, cristão e heterossexual) revela-se a impossibilidade de neutralidade sexual ao aplicar-se a Constituição diante das situações concretas, pois, na vida em sociedade, há grupos privilegiados e grupos oprimidos (p. 31).
LOPES et al. Em defesa dos direitos sexuais. Rios, Roger Raupp (Org.). Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2007.
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Resposta 3Escolher...Verdadeiro ou Falso |
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Não entendi as respostas da segunda questão, entretanto as da primeira, com certeza eu marcaria letra d) alternativas A e B como corretas. Veja, a LGBTfobia desemboca suas práticas contra populações LGBT+ e com isso, por estar dentro de um contexto sócio-histórico, dificulta nesta população a adoção de práticas saudáveis, e influencia na tomada de decisão sobre aspectos relacionados à saúde. A LGBTfobia é um comportamento social, logo, influencia diretamente a relação que uma dada sociedade terá para constructos de saúde.
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