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O império de Sassânida se envolveu em diversos conflitos e se caracterizou dominada por outros impérios, como o romano, por diversas décadas.
Quando conseguiu uma certa autonomia e liberdade, o império necessitava passar por uma reformulação intensa e um processo de reconstrução, momento em que estava exposto e fragilizado.
Portanto, o império de Sassânida não ofereceu resistência a invasão muçulmana a medida que se encontrava em um processo de reconstrução devido ao longo período envolvido com conflitos.
A conquista muçulmana da Síria refere-se à invasão por parte dos exércitos dos seguidores de Maomé da região conhecida como Bilade Alxam, Levante ou Grande Síria, então parte do Império Bizantino, ocorrida na primeira metade do século VII. As primeiras tropas árabes muçulmanas chegaram às fronteiras do sul da região ainda antes da morte do Profeta em 632, resultando na batalha de Mu'tah em 629, mas a verdadeira invasão começou em 634 durante os governos dos califas ortodoxos Abu Baquir e Omar, com Calide ibne Ualide como o mais importante comandante militar.
A Síria esteve sob o domínio romano durante sete séculos antes na conquista árabe-muçulmana, tendo sido invadida por Persas Sassânidas em várias ocasiões nos séculos III, VI e VII; foi também alvo de raides por parte dos lacmidas aliados dos Sassânidas. Durante o período romano-bizantino, iniciado em 70 com a queda de Jerusalém, toda a região (Judeia, Samaria e Galileia) foi chamada Palestina e dividida nas dioceses I e II. Os Bizantinos também rebatizaram o território que incluía o Negueve, Sinai e a costa ocidental da península Arábica com o nome Palestina Salutar (ou Palestina Tércia), por vezes também chamada Palestina III.
Parte dessa região era governada pelo Reino Gassânida (símaco), um estado árabe vassalo dos bizantinos. Durante a última das guerras bizantino-sassânidas, iniciada em 602 ou 603, os Persas liderados por Cosroes II (r. 590–628) lograram ocupar a Síria, Palestina e Egito por mais duma década antes de serem forçados a assinar o tratado de paz de 628 na sequência das vitórias de do imperador bizantino Heráclio (r. 610–641). Assim, na véspera das conquistas muçulmanas, os Bizantinos ainda se encontravam envolvidos no processo de reconstrução da sua autoridade nesses territórios, que em alguns casos tinham estado fora do seu controlo por mais de vinte anos.
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