baseada no livro LUTA PELO DIREITO DE IHERING, embora seja uma obra de 1842, ainda é muito contemporânea, pois mostra que o direito que temos hoje não surgiu de uma hora para a outra, mas foi com muita luta e vontade do povo que chegou ao que é hoje. Pela leitura da obra conseguimos compreender a importância de batalhar em busca do Direito e da justiça.
É uma obra muito importante, pois mostra que o direito não nasce naturalmente, sem dor, sem ação, como parte inerente ao ser humano. O direito não vem de forma passiva. Ele é (ou deveria ser) o equilíbrio entre a força e a brandura, entre a espada e a balança.
O título do livro define bem qual é a sua ideia central, pois o tempo todo o autor mostra que a luta pela qual conseguimos os nossos diretos não é uma fatalidade, mas uma benção. As grandes conquistas da sociedade foram atingidas através da luta.
Podemos citar aqui a instituição da CLT, por Getúlio Vargas, que instituiu esta para impedir que os trabalhadores lutassem pelos seus Direitos, controlando assim, possíveis revoltas populares e suprimindo – mesmo que momentaneamente – quaisquer leis desfavoráveis ao seu governo. Nesse caso, podemos dizer que por falta de luta, o trabalhador brasileiro ganhou suas leis de regramento, porém não há nelas um sentimento de posse, de pertencimento. Não poderiam eles dizer que – naquela época – era exatamente o que buscavam, o que queriam.
Qualquer pessoa conhece o seu direito quando ele é agredido, não é preciso ser letrado, com uma cultura elevada, porque o direito está incutido em nós, sabemos quando buscar o direito. Assim vemos que o direito não vem da cultura, mas sim da dor de ter sido retirado o seu direito, e assim sendo tem-se que restaurar, para manter a moral.
A ligação entre o povo e o seu direito não são baseadas no hábito, mas sim no sacrifício. O amor que o povo dedica ao seu direito é determinado pelo esforço e o trabalho que ele lhe custou. O Direito não está somente no campo das ideias. É um sentimento que temos (ou deveríamos ter) de autopreservação. Os seres humanos, em geral, buscam seus direitos mais fervorosamente de acordo com o seu modo de viver.
A defesa do direito além de ser a defesa do individuo é um dever para com a sociedade. Quando qualquer um renuncia ao seu direito, não está somente sendo prejudicado, mas também prejudica aos demais cidadãos e a própria sociedade em que está inserido. Com esse raciocínio podemos afirmar que a luta é essência do Direito e que sem aquela, este não pode se apresentar em sua integridade. Construímos então a máxima: “A luta pelo Direito é um dever do indivíduo para consigo próprio”.
O direito em si não tem só um ramo especifico, pois para sua total construção forma-se um embasamento de disciplinas jurídicas. Ihering só ousa a mostrar que convém a luta pelo direito, mesmo que seja quando cada individuo sofre isolado uma injustiça, procurando ai a busca pelos seus interesses.
Se cada indivíduo lutar pelo seu próprio direito, acabaremos indo em direção à luta do direito de um bem comum, em prol de todo o povo. Ou seja, mesmo que a princípios essa busca pelo direito seja individual, ela acaba se tornando total, pois de pouco em pouco atingimos uma solução geral.
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