Embora a contabilidade ambiental é ainda pouco utilizada nas empresas, tanto os contadores quanto os gestores empresariais estão considerando-as nos sistemas de gestão e de contabilidade justamente por as questões ambientais, ecológicas e sociais estarem atuantes na mídia.
PAIVA (2001), durante uma pesquisa em empresas brasileiras (empresas de papel e celulose), identifica que não existe nada satisfatório que evidencie as praticas contábil ambiental, e com isso prejudicando os usuários dessas, fazendo com que eles não conheçam detalhes suficientes de conteúdos em relação aos impactos dos gastos que futuramente serão cometidos pelas empresas.
Os termos contábeis ligados ao ambiente ecológico são pouquíssimos conhecidos.
Para BERGAMINI JR (1998, p.3):
“A contabilidade financeira ambiental tem o objetivo de registrar as transações da empresa que impactam o meio ambiente e os efeitos das mesmas que afetam, ou deveriam afetar, a posição econômica e financeira dos negócios da empresa, devendo assegurar que:
a) os custos, os ativos e os passivos ambientais estejam contabilizados de acordo com as praticas contábeis geralmente aceitas; e
b) o desempenho ambiental tenha a ampla transparência de que os usuários da informação contábil necessitam”.
Christophe (198_.) define Contabilidade Ambiental como “um sistema destinado a dar informações sobre a rarefação dos elementos naturais, engendrado pelas atividades das empresas e sobre as medidas tomadas para evitar esta rarefação.”
A contabilidade é vista em quatro extensões para o IBC (Instituto Brasileiro de Contadores:
– Jurídica: discriminação de interesses entre proprietários e empresas.
– Econômica: exame do patrimônio da entidade.
– Organizacional: analisa os gestores.
– Social: que valoriza os benefícios sociais da empresa.
Contemplando-as, a contabilidade pretenderá calcular além do crescimento econômico da empresa, suas contribuições e ainda suas responsabilidades sociais.
A Contabilidade Ambiental é uma seqüência daquela tradicional já existente e tem o objetivo de identificar, mensurar e elucidar as movimentações financeiras relacionadas à proteção, preservação e recuperação do meio ambiente de um dado período, mostrando a situação patrimonial da empresa, ressaltando que identificar e avaliar essa movimentação, é dever da contabilidade.
Princípios Contábeis
As práticas contábeis devem seguir os princípios fundamentais para que não perca suas características de ciência.
Princípios Contábeis são normas básicas adotadas, que compõe a estrutura teórica amparando toda a contabilidade. Podemos distribuir os princípios em três camadas: POSTULADOS, PRINCÍPIOS (Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo valor original, Atualização monetária, Competência, Prudência) e CONVENÇÕES.
O não cumprimento dos princípios pelos profissionais da área contábil resulta em multas e processos judiciais.
Para que um princípio exceda a etapa de experimento e se altere para “geralmente aceito”, ou seja, agrupado aos princípios contábeis, deve seguir duas classes fundamentais: ser estimado realizável pela concordância profissional e ser estimado benéfico.
São dois os Postulados Contábeis que cientificamente a sustentam: Entidade e Continuidade.
Os Postulados constituem os dados essenciais, fundamentais no esqueleto da atual contabilidade.
A Entidade mostra a necessidade de separar o patrimônio da empresa, ou seja, o que é da empresa não se confunde com o que é particular (dos sócios).
IUDÍCIBUS cita Entidade segundo MOONITZ:
“a unidade econômica que tem o controle sobre recurso, aceita a responsabilidade por tarefas e conduz a atividade econômica”.
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