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petição inicial Ação Popular

O CASO

Luiz Augusto, comerciante, cidadão de São Caetano, no estado de Pernambuco, com o título de eleitor nº 123456, muito engajado em política, tendo, inclusive, encerrado um mandato como vereador há pouco mais de um mês. Ele ficou inconformado com uma decisão do prefeito de sua cidade. Por meio de um decreto (Decreto Municipal nº 01/2019), o Prefeito Jacinto Jacaré transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, para uma associação de comerciantes locais (ACSC-PE), cujo presidente, Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral.

Ocorre que ele transferiu o serviço sem que fosse realizada a devida licitação, modalidade imposta aos entes públicos para realizar a denominada concessão de serviços públicos.

Luiz Augusto procurou você, na qualidade de advogado, com a finalidade de propor uma ação para anular a transferência indevida do serviço público para essa associação, em razão do descumprimento de mandamentos constitucionais que exigem a realização de licitação para a concessão de serviços públicos e da imoralidade da medida de beneficiar os seus conhecidos.

Você tomará todas as medidas judiciais cabíveis para atender ao pedido de seu cliente. No papel de advogado, pelas próximas seis seções, você elaborará todas as petições e os recursos cabíveis para que a moralidade seja retomada na cidade de São Caetano, com a anulação da medida realizada pelo prefeito e com a devolução de eventuais recursos públicos indevidamente recebidos pela associação de comerciantes (ASCS-PE).

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Thainá Medrado

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Leonardo Cesar

EXMO. SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DA JUSTIÇA FEDERAL DA COMARCA DE SÃO CAETANO/PE.

 

 

 

 

Luiz Augusto, comerciante, CPF nº xxx.xxx.xxx-xx, RG nº xx.xxx.xxx, em pleno gozo de seus direitos políticos, Título Eleitoral nº123456, estado civil xxxx, Brasileiro, residente e domiciliado na rua xxxx, número xx, bairro xxxxxx, CEP xx.xxx-xxx, endereço eletrônico xxxxxx, na cidade São Caetano/PE, representado por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, vêm perante Vossa Excelência amparado no art. 5º, LXXIII, CF, combinado com o Artigo 1º da Lei 4.717/65 propor

AÇÃO POPULAR COM PEDIDO LIMINAR

Em face do PREFEITO DA CIDADE DE SÃO CAETANO, pessoa jurídica de direito público interno, representado pelo Prefeito Sr. JACINTO JACARÉ, CPF xxx.xxx.xxx-xx, RG xx.xxx.xxx, estado civil xxxxxxx, profissão de Prefeito, Brasileiro, endereço eletrônico xxxx, com endereço na rua xxxxxx, nº xxxx – bairro xxxxxx, CEP xx.xxx-xxx, São Caetano/PE, e, do SR. SOMBRA, estado civil xxxx, Político, CPF xxx.xxx.xxx-xx, RG xx.xxx.xxx, endereço eletrônico xxxxxxxx, domiciliado na rua xxxxx, nº xxx, bairro xxxxx, CEP xxxxx, São Caetano/PE, ambos representados juridicamente pelo ESTADO DE PERNAMBUCO, que pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos:

 

1-    DOS FATOS

Consta-se que a parte Luiz Claudio que entrou com a Ação popular em razão de um descumprimento da Lei, referente a: a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, para uma associação de comerciantes locais (ACSC-PE), cujo presidente, Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral.

É importante salientar que o prefeito da cidade de São Caetano transferiu o serviço sem que fosse realizada a devida licitação, modalidade imposta por Lei aos entes públicos para realizar essa concessão de serviços públicos.

Dessa forma, estando presentes todos os requisitos legais exigidos, os autores fazem jus à presente ação.

 

2-     DO DIREITO

 

DO CABIMENTO E LEGITIMIDADE

É a AÇÃO POPULAR o remédio constitucional que aciona o Poder Judiciário, dentro da visão democrática participativa dos jurisdicionados pátrios, fiscalizando e atacando os atos lesivos ao Patrimônio Público com a condenação dos agentes responsáveis, assim garante o Art. 5º, LXXIII da CFB.

Aqui constituídos todos os pressupostos da Ação Popular, quais sejam, condição de eleitor, ilegalidade e lesividade, o que impugna para que seja cabível a propositura da Ação Popular, por conter ato ilegal e lesivo ao patrimônio público, em conformidade com a Lei 4.717/85.

Conforme preceitua o art. 37. da CF/88 “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]”. Dentre eles, devemos dar ênfase ao princípio da moralidade, pois, “Observa-se, assim, que todo e qualquer ato praticado na Administração Pública deverá ser regido por este princípio”. Dessa maneira, far-se-á necessário elencar que “Licitude e Honestidade” são traços distintos entre o direito e a moral.

 

2.1. Da Legitimidade Ativa

O autor, brasileiro, regular com a Justiça Eleitoral, conforme documentação anexa, com amparo no Art. 5º, LXXIII da CFB, tem direito ao ajuizamento de AÇÃO POPULAR, que se substancia num instituto legal de Democracia.

É direito próprio de o cidadão participar da vida política do Estado fiscalizando a gestão do Patrimônio Público, a fim de que esteja conforme com os Princípios da Moralidade e da Legalidade.

 

 

 

2.2. Da Legitimidade Passiva

 

A Lei nº 4.717/85 Lei da Ação Popular, em seu Art. 6º, estabelece um abrangente modo a arrolar no polo passivo o causador ou produtor do ato lesivo, como também todos aqueles que para ele contribuíram por ação ou omissão.

A par disto, respondem passivamente os suplicados nesta sede processual na condição de pessoas públicas, autoridades e administradores.

 

1.4. DO PEDIDO DE LIMINAR

A relevância do fundamento invocado reside nos argumentos fáticos e jurídicos acima expostos, elencados nos documentos colacionados à presente, nas quais notadamente demonstra as violações das normas e aos princípios supramencionados.

Destarte, requer-se então a concessão de liminar para suspensão dos efeitos dessa transferência de serviço irregular.

 

3-     DOS PEDIDOS

Ante o exposto, o autor pleiteia a procedência dos seguintes pedidos:

 

·        O autor requer que seja CONCEDIDA A LIMINAR, determinando que o Prefeito do Município de São Caetano faça a nulidade referente a transferência de serviço sem a devida licitação, e de todos os atos advindos da mesma, conforme art. 5º, § 4º, da Lei 4.717/65;

·        Requer que sejam os réus condenados a pagarem as custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como o ônus da sucumbência, art. 12 da Lei nº 4.717/1965;

·        Requer que sejam citados os réus, para querendo, apresentar resposta no prazo legal de 20 dias, sob pena de revelia de acordo c/ art. , IV da Lei 4717/65;

 

·        Requer a intimação do Ministério Público nos termos do art. art. 6º, § 3º da Lei 4.717/65 para acompanhar todos os atos e termos da presente ação;

 

·        Ao final, julgue procedente o pedido, seja confirmada a liminar, e determine a anulação dos atos lesivos ao patrimônio Público e a condenação dos réus à obrigação de ressarcir o erário público. Conforme o art. 11 da Lei. 8.429, de 2 de junho de 1992.

 

    Far-se-á juntada dos documentos em anexo

 

4-      DA PROVA

 

Pretende o autor provar suas argumentações fáticas, documentalmente, apresentando desde já os documentos amparados pela peça exordial, protestando pela produção das demais provas que eventualmente se fizerem necessárias no curso da ação.

 

Da-se à causa o valor de R$ XXX (xxx reais) para efeitos meramente fiscais.

 

Nestes Termos, pede deferimento.

 

São Caetano/Pernambuco, xx de abril de xxxx.

 

ADVOGADO

 

OAB/MG

nº XXX.XXX

 

XXXXXXXXX

ASSINATURA


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