Respostas
Há várias possíveis interpretações para a generalidade do direito. Para Lon Fuller (1969, p. 46-49) a generalidade do direito não se confunde com a igualdade formal perante a lei, pois consiste na mera existência de leis que se aplicam a uma universalidade de fatos, ainda que sejam injustas ou tratem os indivíduos de maneira desigual. Assim, a Lei Pelé não fere a generalidade desse ponto de vista, pois é uma norma passível de ser generalizada e aplicada a uma diversidade de fatos desde que eles se enquadrem nas suas hipóteses.
Se a generalidade a que o enunciado se refere consiste na igualdade de tratamento dos cidadãos perante a lei, pode-se dizer novamente que não fere a generalidade. A generalidade como igualdade de tratamento não significa condições de igualdade absolutas e independentes do contexto, mas a ideia de que um indivíduo será tratado da mesma maneira que todos os outros que se enquadram nas mesmas hipóteses legais. Fosse essa exigência de generalidade absoluta, o direito não seria capaz de lidar com situações específicas ou pessoas de certos grupos sociais (crianças e adolescentes, idosos, deficientes físicos) que demandam soluções mais adequadas a elas.
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