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A linguagem tem a função de remédio quando através das palavras, nas suas mais diversas configurações, é capaz de auxiliar, esclarecer, confortar, ensinar e produzir relações saudáveis, de solidariedade, compreensão, sinceridade. Para Platão, no processo comunicativo o sujeito reconhece sua ignorância e aprende com os outros. Nesse sentido, a língua é o instrumento para que os indivíduos se construam como sujeitos do conhecimento, moral e ético, em decorrência, uma sociedade melhor.
A linguagem como veneno é aquela que possui um sentido depreciativo, negativista, destrutivo. Esse tipo de linguagem provoca o mal, destrói, prejudica. Por exemplo, fofocas, murmurações, calúnias, boatos, mentiras, palavrões, tem um poder de destruição incrível, geralmente, não contribuem em nada para a evolução dos indivíduos.
Platão considerava que a linguagem pode ser um medicamento ou um remédio para o conhecimento, pois, pelo diálogo e pela comunicação, conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros. Pode, porém, ser um veneno quando, pela sedução das palavras, nos faz aceitar, fascinados, o que vimos ou lemos, sem que indaguemos se tais palavras são verdadeiras ou falsas. Enfim, a linguagem pode ser cosmético, maquiagem ou máscara para dissimular ou ocultar a verdade sob as palavras. A linguagem pode ser conhecimento-comunicação, mas também pode ser encantamento-sedução.
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