Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção dependem do ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas características químicas e da via de administração (o que influencia sua biodisponibilidade) (WHALEN et al., 2016).
Para que um fármaco seja absorvido pelo corpo e possa se distribuir pelos líquidos corporais, é preciso transpor barreiras teciduais que são compostas, em última análise, por membranas celulares que apresentam natureza lipoproteica. Assim, um composto químico, para se difundir através dessas membranas, dependerá de suas propriedades físico-químicas de miscibilidade em um meio predominantemente oleoso (LEONARDI, 2019).
Dependendo das propriedades químicas, os fármacos podem ser absorvidos do Trato Gastrointestinal (TGI) por difusão passiva, difusão facilitada, transporte ativo ou endocitose (WHALEN et al., 2016):
Segundo Silva (2010) a absorção é influenciada pelas seguintes propriedades das drogas:
1. lipossolubilidade, o que vale dizer solubilidade da droga na bicamada lipídica das membranas biológicas, permitindo fácil
travessia dessas por difusão passiva;
2. hidrossolubilidade, que só permite absorção quando existem nas membranas sistemas transportadores específicos ou canais e
poros hidrofílicos;
3. estabilidade química da molécula da droga;
4. peso molecular, tamanho e volume da molécula da droga;
5. carga elétrica da molécula da droga (polaridade, ionização; pH
do meio);
6. forma farmacêutica (comprimidos, cápsulas, soluções etc.) em
que a droga é administrada;
7. velocidade de dissolução da droga e, quando administrada por via oral, compatibilidade com as secreções gastrointestinais;
8. concentração da droga no local de absorção
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