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Alguma pesquisa sobre grandes civilizações do antigo Egito "?"

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alvaro vinicius de almeida silva

Uma das maiores civilizações da Idade Antiga


civilização egípcia se desenvolveu no nordeste da África, em uma região conhecida como Crescente Fértil. Formada por diversos povos, entre eles os hamíticos, os semitas e os núbios, a civilização teve seu crescimento fortemente ligado aos recursos hídricos fornecidos pelo Rio Nilo. Com a sedentarização dos seres humanos, eles passaram a se organizar em núcleos para desenvolver atividades produtivas. A atividade agrícola passou a fazer parte do cotidiano do homem. Houve a domesticação do animais, a invenção dos primeiros arados e a construção de canais de irrigação.


Com o tempo, as formas de poder foram estruturadas, as hierarquias foram estabelecidas e as primeiras comunidades humanas foram se formando. Nesse contexto, surgiu a civilização egípcia, uma das mais antigas do mundo, que se destacou pela forma de organização de um Estado forte, capaz de comandar milhares de pessoas. Os egípcios ocuparam um território que fazia fronteiras com o Mar Mediterrâneo, ao norte; com o Deserto da Líbia, a oeste; com o Deserto Oriental Africano, a leste; e com a primeira catarata do Nilo, ao sul.

Sociedade egípcia


Com uma estrutura social bastante rígida, a sociedade egípcia era organizada com base em critérios religiosos e econômicos. O modelo de organização tinha como objetivo trabalhar em função das necessidades do Estado, personificado no faraó. O topo da camada hierárquica era ocupado pelo faraó, que para além da função chefe de Estado, tinha status de divindade e era considerado a encarnação do deus Hórus.


Na posição intermediária estavam as camadas privilegiadas que faziam parte do Estado: os sacerdotes, que tinham a incumbência organizar os cultos e festividades religiosas; nobres, oficiais militares e altos funcionários, que ficavam responsáveis pela administração e arrecadação; e os escribas, responsáveis pela escrita e contabilidade do reino e por fiscalizar as obras coletivas.


A base da estrutura social era formada por: soldados, que tinha a responsabilidade de garantir a hegemonia do poder faraônico através das armas; camponeses e artesãos, responsáveis pelas colheitas e organização das obras públicas; e por fim, os escravos, que eram capturados em guerras e, geralmente, que trabalhavam em troca de água e comida.


Ciências na civilização egípcia


A civilização egípcia desenvolveu conhecimentos nas áreas de matemática e astronomia. Entre os conhecimentos mais utilizados pelos egípcios estavam: raiz quadrada, frações, cálculos da área do círculo e do trapézio. Esses conhecimentos foram fundamentais para prever as cheias do Nilo, dividir as terras, bem como para calcular os impostos e as construções hidráulicas.


Eles desenvolveram também conhecimentos na área de anatomia humana que foram fundamentais para feitos na medicina como realização de cirurgias, o tratamento de doenças do estômago, do coração e de fraturas. Os estudos do campo da anatomia foram favorecidos graças às práticas de mumificação, utilizada pela civilização egípcia. Os egípcios também desenvolveram os seguintes sistemas de escrita: 


• Hieroglífica – escrita sagrada, utilizada nos túmulos e templos; 

• Hierática – uma versão simplificada da escrita hieroglífica; 

• Demótica – escrita popular, utilizada pelos escribas.


História da civilização egípcia


Os primeiros núcleos da civilização egípcia formaram os nomos que se dividiram em dois reinos: Baixo Egito e Alto Egito. Por volta de 3200 a.C., o rei do Alto Nilo, Menés, conquistou o Baixo Egito e unificou os dois reinos.


Com a unificação dos reinos, Menés se tornou o primeiro faraó egípcio, dando início ao período dinástico, que se dividiu em Antigo ImpérioMédio Império e Novo Império. No antigo Egito, além de o faraó cumprir a função de chefe administrativo, militar, juiz supremo e sacerdote, ele representava a encarnação dos próprios deuses.


A história do Egito Antigo foi marcada por crises e conflitos. Ao longo desses três períodos, a civilização egípcia teve seu auge, porém viu o seu declínio a partir do século VII a.C., quando o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo esplendor.



Antigo Império


O Antigo Império teve início quando Menés se tornou o primeiro faraó. Entre 3200 a.C. e 2300 a.C, ele estabeleceu a supremacia sobre os 42 nomos e implantou a capital em Tínis, no Alto Egito. Nesse período, os faraós governavam com poder absoluto. Eles eram considerados deuses vivos, detinham poder sobre todas as pessoas e eram donos de todas as terras.


O período foi marcado pelo apogeu da civilização egípcia, na qual realizaram expedições para exploração mineral nas minas do Sinai e Mar Vermelho. Além disso, fundaram acampamentos estratégicos e uma frota marítima, adquirindo ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro, mirra, malaquita e eletro. Durante esse período houve avanços nos campos da arquitetura, arte e tecnologia. O Antigo Império ficou conhecido como a época das grandes pirâmides, pois foi quando foram erguidas as pirâmides de Gizé, entre 2700 e 2600 a.C., pelos faraós Quéops, Quéfrem e Miquerinos.

Depois de anos de supremacia o poder dos faraós foi se desgastando. Por volta de 2300 a.C., o Egito passou por uma crise social provocada por conflitos e disputas internas. Com a diminuição do poder do faraó, governantes regionais chamados nomarcas começaram a desafiar a autoridade faraônica. 


Médio Império


O Médio Império foi marcado pela recuperação do poder dos faraós que estava enfraquecido devido a ação dos nomarcas. Por volta do ano 2000 a.C., os príncipes tebanos derrotaram os nomarcas e transferiram a capital egípcia para Tebas. Assim, eles conseguiram restabelecer a paz interna e reorganizar o exército. Nesse período houve a conquista de regiões ricas em cobre e ouro como a Palestina e a Núbia.


Entre 1800 e 1700 a.C. houve uma invasão no território egípcio, na qual povos vindos da Ásia usaram armas de ferro e de cavalos nos combates, tomaram o poder e permaneceram dominando o Egito até 1580 a.C.


Novo Império 


O Novo Império teve início com a expulsão dos hicsos pelos príncipes de tebas e a restauração do poder dos faraós em 1580 a.C. O período foi marcado pela tentativa de reforma religiosa, promovida por Amenófis IV. Com o objetivo político de diminuir o poder sacerdotal que ameaçava o poder do faraó, ele unificou todos os deuses, que foi simbolizado pelo disco solar – Aton.


Após a morte de Amenófis IV, o império foi assumido por Tutankamon e, em seguida, por Ramsés II e Tutmósis III, que foram os últimos grandes faraós do Novo Império. Tutmósis III retomou a política imperialista, entrou em guerra com os hititas e assinou a paz com os assírios. Com morte do último grande faraó, a civilização egípcia entrou em decadência e houve uma série de invasões no Egito. Primeiro pelos assírios, em seguida pelos persas, depois pelos macedônicos e, por fim, romanos.


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