A segunda condição de paz para Kant seria a criação de uma Federação de Estados, hoje conhecida como organização internacional, que estaria em prol da paz. Isso se concretizaria séculos mais tarde com a criação da Liga das Nações e, sucessivamente, com a Organização das Nações Unidas (ONU) após a falha de sua antecessora.
Contudo, conflitos surgidos durante a Guerra Fria, além da própria guerra em si, fizeram com que a eficácia dessa organização entrasse em pauta. O dilema da segurança internacional foi remodelado e assumiu um novo papel. Sistemas de legítima defesa coletiva, como alianças militares como a OTAN, como é mais bem explicado no texto, não são mais suficientes para tratar do problema da segurança.
A paz no ambiente doméstico reflete diretamente em âmbito internacional. Para Kant, um país plenamente democrático seria avesso à violência e teria mais chances de refletir isso em sua política externa. Embora haja controvérsias, “[..] a democratização e a organização internacional são as duas estratégias que permitem estancar as fontes principais do recurso à violência nas relações internacionais” (p.32).
Mesmo diante de críticas, para Immanuel não há outro caminho, é preciso reivindicar instituições de solução de conflitos transnacionais, promovendo medidas de ajuste e arbitragem.
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