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O primeiro motivo pelo qual os autistas têm dificuldade para olhar nos olhos é o déficit na linguagem não-verbal.
Além disso, há uma diferenciação sobre a questão dos estímulos no autismo. No caso de olhar nos olhos, o estímulo atuante é o visual. Isso se relaciona diretamente ao primeiro motivo. Se o autista olha nos olhos de alguém, são muitas as informações presentes no rosto das pessoas, que nem sempre conseguem interpretar, isso dificulta a concentração deles. Ora, se eles querem prestar atenção no que o outro diz, eles precisam dos pensamentos organizados. O autista dá atenção ao que realmente interessa, a fala, se não, se torna uma confusão de pensamentos, muitas informações. Portanto, podemos dizer que o segundo motivo pelo qual há a dificuldades para olhar nos olhos é a organização dos pensamentos.
Se o autista for tímido, isso pode ser mais um motivo para ele não olhar nos seus olhos.
O fato de evitar o contato com os olhos muitas vezes seja considerado um sinal de indiferença social ou pessoal, outro problema é que causa uma certa excitação excessiva desagradável, decorrente da maior ativação em uma parte específica do cérebro.
Embora o fato de evitar o contato com os olhos muitas vezes seja considerado um sinal de indiferença social ou pessoal, muitas pessoas com autismo dizem que o contato com os olhos causa desconforto ou estresse. Os resultados da pesquisa mostram que esse comportamento é uma maneira de diminuir uma excitação excessiva desagradável, decorrente da maior ativação em uma parte específica do cérebro. Assim, a aparente falta de interesse interpessoal entre as pessoas com autismo não se deve a uma falta de interesse.
A pesquisa segue o problema para parte do cérebro que desencadeia a atração natural dos bebês para os rostos e ajuda as pessoas a perceber emoções. É chamado de sistema subcortical, e é ativado pelo contato visual.
Para saber mais, os autores do estudo monitoraram a atividade do cérebro, enquanto as pessoas com e sem autismo olharam as imagens dos rostos, livremente ou quando restringido a ver apenas a área dos olhos. Ambos os grupos apresentaram níveis semelhantes de atividade cerebral ao visualizar imagens de todo o rosto.
Mas quando os participantes com autismo tiveram a visão de apenas a área dos olhos, seu sistema cerebral subcortical estava mais ativado, mostraram os resultados. Isto foi especialmente verdadeiro quando viram rostos temerosos, mas também com pessoas felizes, irritadas e neutras.
Assim, o fato de se forçar as crianças com autismo a olhar para os olhos de alguém em terapia comportamental pode criar muita ansiedade para elas, segundo um comunicado do Hospital.
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