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Quais são os principios da Administração Pública, descreva os conceitos e exemplifique?

💡 6 Respostas

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Meggi Tavares

LIMPE

1) LEGALIDADE

É a obrigatoriedade dos servidores de fazerem apenas o que está previsto na Lei. Por exemplo, um particular não pode matar alguém, pois isso é proibido pela lei (Código Penal).

 2) IMPESSOALIDADE

O princípio da impessoalidade é dividido em duas partes:

1 – A relação com os particulares: tem como objetivo a finalidade pública, sem promover interesses pessoais. Como, por exemplo, a nomeação de algum amigo ou parente para exercer um cargo público, sem ter o conhecimento técnico para a função, em troca de benefícios pessoais.

Em relação à própria Administração Pública: vedação de promoção pessoal de agentes públicos em quaisquer atos, obras, serviços, publicidade de atos, programas e campanhas, como reza o Art. 37, §1º da Constituição Federal:

§1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

3) MORALIDADE ADMINISTRATIVA

O princípio da moralidade existe para estabelecer os bons costumes como regra da Administração Pública, ao passo que a sua inobservância importa em um ato viciado (errado), que se torna inválido, pois o ato praticado é considerado ilegal, justamente por não ser moralmente aceitável naquela comunidade.

Um exemplo: A nomeação de parentes em cargos comissionados, que são preenchidos por nomeação de prefeitos ou governadores e ocupam funções de chefia.

4) PUBLICIDADE

Os atos praticados pela Administração Pública devem ser publicizados oficialmente, para conhecimento e controle da população. Exemplos: divulgação dos salários de servidores públicos e publicações dos atos no Diário Oficial da União, Estado ou Município, dependendo do caso.

5) EFICIÊNCIA

Compreende-se “eficiência” por quando o agente cumpre com suas competências, agindo com presteza, perfeição, buscando sempre o melhor resultado e com o menor custo possível, no sentido econômico-jurídico. Exige desfecho satisfatório, em tempo razoável, em prol do interesse público e segurança jurídica.


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Cândida Schepp

1) LEGALIDADE

Ao contrário do que afirma o princípio da legalidade em normas que atingem o particular – entenda “particular” como a pessoa que não exerce função pública em âmbito administrativo –, é a obrigatoriedade dos servidores de fazerem apenas o que está previsto na Lei. Por exemplo, um particular não pode matar alguém, pois isso é proibido pela lei (Código Penal). O administrador público deve proceder numa licitação, por exemplo, conforme as regras estabelecidas e nunca de forma diferente.

Essa é a primeira regra necessária para se entender a relação de princípios da Administração Pública, visto que todos os atos administrativos praticados por um servidor durante o desempenho das atividades deverão, impreterivelmente, estar previstos em lei.

 2) IMPESSOALIDADE

O princípio da impessoalidade é dividido em duas partes:

1 – A relação com os particulares: tem como objetivo a finalidade pública, sem promover interesses pessoais. Como, por exemplo, a nomeação de algum amigo ou parente para exercer um cargo público, sem ter o conhecimento técnico para a função, em troca de benefícios pessoais.

2 – Em relação à própria Administração Pública: vedação de promoção pessoal de agentes públicos em quaisquer atos, obras, serviços, publicidade de atos, programas e campanhas, como reza o Art. 37, §1º da Constituição Federal:

§1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

3) MORALIDADE ADMINISTRATIVA

Não basta obediência ao princípio da legalidade exposto acima. Aqueles que lidam com o interesse e patrimônio público devem, também, seguir padrões éticos esperados em determinada comunidade. O princípio da moralidade existe para estabelecer os bons costumes como regra da Administração Pública, ao passo que a sua inobservância importa em um ato viciado (errado), que se torna inválido, pois o ato praticado é considerado ilegal, justamente por não ser moralmente aceitável naquela comunidade.

Um exemplo prático na política? A nomeação de parentes em cargos comissionados, que são preenchidos por nomeação de prefeitos ou governadores e ocupam funções de chefia.

4) PUBLICIDADE

Os atos praticados pela Administração Pública devem ser publicizados oficialmente, para conhecimento e controle da população. Para Hely Lopes Meirelles, este princípio atinge, além do aspecto da divulgação dos atos, a possibilidade de conhecimento da conduta interna dos funcionários públicos. Assim, os documentos públicos podem ser examinados por qualquer pessoa do povo, exceto em casos de necessidade de preservação da segurança da sociedade e do Estado ou de interesse público, como, por exemplo, um processo judicial que corre em segredo de justiça.

Exemplos: divulgação dos salários de servidores públicos e publicações dos atos no Diário Oficial da União, Estado ou Município, dependendo do caso.

5) EFICIÊNCIA

Compreende-se “eficiência” por quando o agente cumpre com suas competências, agindo com presteza, perfeição, buscando sempre o melhor resultado e com o menor custo possível, no sentido econômico-jurídico. Exige desfecho satisfatório, em tempo razoável, em prol do interesse público e segurança jurídica.


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Estudante PD

Princípio da legalidade (L): Diferentemente do particular, que pode fazer tudo o que a lei não o proíba, o administrado público pode fazer somente o que a lei manda, estando sujeito ás exigências do bem comum e dela não podendo se ausentar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e em grande parte dos casos, ser responsabilizado por meio de processo disciplinar, civil e criminal.

Princípio da impessoalidade (I): Para evitar privilégios pessoais, que podem ser econômicos ou não, a Adm. Pública não pode no exercícios de suas atividades administrativas, buscar prejudicar ou beneficiar alguma pessoa em específico, uma vez de que o elemento principal de seus atos deve ser o interesse público.

Princípio da moralidade ou probidade administrativa (M): A moralidade administrativa funciona como pressuposto de validade para todo e qualquer ato da Adm. Pública. Os atos administrativos não podem ofender a moral, os costumes, as regras de boa administração, a Justiça, a equidade e a ideia de honestidade, uma vez que assim sendo, que se tratará de ofensa a um de seus princípios basilares, o da probidade administrativa.

Princípio da publicidade (P): A publicidade de qualquer dos atos administrativos vem a ser requisito essencial para sua eficácia, pois, sua finalidade é mostrar que o Poder Público age com a maior transparência possível, para que a população tenha o conhecimento de todas as suas atuações e decisões. Publicidade se dá mediante divulgação oficial do ato para conhecimento do público e início de seus efeitos (art. XXXIII da CF).

Princípio da eficiência (E): Introduzido pela EC 19/98, este princípio vem a obrigar a Adm. Pública a sempre desenvolver novos mecanismos para uma atividade administrativa mais e célere e com maior qualidade.

Princípio da isonomia (igualdade entre os administrados): A Administração Pública deve dar igualitário tratamento a todo e qualquer cidadão, não podendo dar privilégios a indivíduos específicos.

Princípio da supremacia do interesse público sobre o privado (princípio base da Adm. Pública - 1): A Administração Pública existe com o propósito de realizar dos fins previstos na lei, sendo estes de interesse, conveniência e necessidade da sociedade e não do interesse privado. Portanto, em caso de eventual conflito deve-se ter a prevalência do interesse público sobre o privado.

Princípio da presunção de legitimidade (presunção de veracidade do ato administrativo): Quanto a esse princípio de conceituação lógica, vale atentar de que vem a ser concebido em seus 2 (dois) aspectos possíveis, sendo estes, a presunção da legalidade (que os atos foram realizados com base na lei), bem como a presunção de verdade, isto é, que se tem certeza dos fatos.

Princípio da auto-executoriedade: Trata-se de uma prerrogativa da Adm. Pública onde esta pode converter em atos materiais suas pretensões jurídicas sem precisar se socorrer do Judiciário.

Princípio da autotutela: A Adm. Pública pode anular seus próprios atos quando observar que dentre estes encontram vícios que o tornem ilegais, por que deles não se originam direitos, ou revoga-los por motivo de conveniência e oportunidade (Súmula 473 do STF).

Princípio da hierarquia: Deste princípio resulta outros poderes, como por exemplo o poder disciplinar, tendo em vista, de que os órgãos da Adm. Pública devem ser estruturados de forma que existe sempre uma relação de infra organização e subordinação.

Princípio da indisponibilidade do interesse público sobre o privado (princípio base da Adm. Pública - 2): A Adm. Pública não pode dispor dos interesses públicos, devendo zelá-los. Sendo assim, logicamente as pessoas administrativas não podem dispor sobre os interesses públicos que foram a elas confiados para realização dos atos administrativos.

Princípio da razoabilidade: Quanto a este princípio, tem-se a exigência de que os atos administrativos não sejam apenas praticados com respeito a legalidade, mas também, quanto às medidas a serem tomadas, devem ser realizadas de forma razoável e proporcional, a ser analisada caso a caso.

Princípio da motivação: A Adm. Pública é obrigada a indicar os fundamentos fáticos e jurídicos de suas decisões, tendo em vista evitar atos arbitrários (contrário ou excedente da lei) e buscar maior controle sobre os atos administrativos.

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