Leia o verbete do Dicionário Michaelis (2019, on-line):
“é·ti·ca
sf
FILOS
1 Ramo da filosofia que tem por objetivo refletir sobre a essência dos princípios, valores e problemas fundamentais da moral, tais como a finalidade e o sentido da vida humana, a natureza do bem e do mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as normas consideradas universalmente válidas e que norteiam o comportamento humano.
2 POR EXT Conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social ou de uma sociedade: Parece que não há mais ética na política”.
Atualmente, muitas profissões já possuem seu próprio Código de Ética Profissional, que, basicamente, diz respeito a um conjunto de normas de cumprimento obrigatório. Assim, considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados ao longo da disciplina, responda: como se dá a ética no design?
A ética no design envolve diversos aspectos e pessoas tais como usuários, fornecedores, meio ambiente e sociedade. A atuação do designer nos projetos deve levar em consideração todos os aspectos de maneira que os resultados sejam eticamente coerentes, não discriminando e desrespeitando a sociedade.
Nesse sentido, o designer deve preocupar-se com as questões que afetam apenas os serem humanos? A promoção dos fins éticos é justificada mesmo quando os meios exigem alguns sacrifícios éticos? (ELVINS; GOULDER, 2014).
Quais os valores éticos devem ser considerados? Por exemplo, o utilitarismo que propaga que deve-se produzir ao maior número de pessoas possíveis. Por outro lado, será que há outras abordagens éticas a se considerar no design?
Sim! Como designers devemos evitar discursos discriminatórios de gênero, sexista e homofóbicos, não criar estereótipos raciais em um projeto e se atentar a questões do racismo. Garantir o acesso de todos a um projeto, principalmente pessoas com deficiência. Ter cuidado com ícones destinados a crianças, bem como não restringir um processo a pessoas idosas. Se preocupar com os aspectos ambientais do projeto. Não reforçar estereótipos culturais em projetos que esteja envolvido, bem como ter conhecimento sobre a cultura local onde será vinculado o projeto. Valorização da relação de confiança entre clientes e designers e em relação a ética.
Quando falamos em ética no design, outro aspecto relevante de se abordar é sobre a propriedade intelectual. As relações entre design e propriedade intelectual se dão pela inovação. Esse é um aspecto que gera muitas dúvidas e precisa ser debatido com maior frequência.
De acordo com Poli (2008) o direito autoral faz parte do gênero Propriedade Intelectual que também engloba a Propriedade Industrial. A Propriedade Intelectual é um ramo do direito que estuda o direito exclusivo dos autores e inventores sobre suas obras. O direito intelectual incide sobre as criações intelectuais humanas, tanto voltadas à transmissão de conhecimentos, quanto voltadas à satisfação dos interesses materiais da sociedade.
O direito autoral entendido como um direito de propriedade gera alguns questionamentos: o direito de propriedade seria um bem material e o direito autoral um bem imaterial, o direito autoral não extingue plenamente o vínculo existente entre o autor e a obra, já o direito de propriedade é a transferência que rompe o vínculo entre autor e obra (POLI, 2008). Sendo assim, ainda há muitos desafios quando pensamos em ética no design.
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