Buscar

Análise textual


  • Em muitas dessas objeções, aninhava-se uma reserva mental, que alguns, mais honestamente, esclareceram de modo explícito: isto é, que o cinema permite ‘exprimir’ (com todas as conotações estéticas que assume a categoria de ‘expressão’), ao passo que a TV permite, quando muito, ‘comunicar’ (e portanto, a diferença entre os dois meios é a mesma que existe entre arte e crônica). Houve mesmo quem acusasse a TV de ‘não existir’ (e de estarem os presentes perdendo seu tempo inutilmente), porque constituiria apenas um meio de comunicação e, quando muito, um fenômeno sociológico, completamente irrelevante sob o ângulo estético.

  • Fonte: ECO, U. Apontamentos sobre a televisão. Apocalípticos e integrados. 6. ed. Trad. Pérola de Carvalho. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001. p. 329-30.
  •  
  • Foi em 1964 que o filósofo italiano Umberto Eco (1932-2016) lançou Apocalípticos e integrados, obra na qual publicou ensaios sobre a cultura de massa, que, naquela época, era alvo de ainda mais preconceitos do que é hoje. Neste trecho de “Apontamentos sobre televisão”, ele relata que, para alguns críticos, a TV seria um meio inferior ao cinema por estar mais ligada à comunicação do que à arte. É possível traçar um paralelo entre esta visão e aquela apontada por Dondis A. Dondis em A sintaxe da linguagem visual em relação à linguagem verbal e não verbal. Que visão seria esta?

  • Resposta Selecionada: A de que a linguagem não verbal seria universal e, portanto, superior à linguagem verbal.

  • Resposta Correta: A de que a linguagem verbal seria mais complexa e, portanto, superior à linguagem não verbal.

  • Feedback da resposta:Em A sintaxe da linguagem visual, Dondis A. Dondis aponta que a linguagem verbal é vista como superior à não verbal por ser considerada mais complexa. O autor, no entanto, demonstra que a linguagem não verbal também tem muitos aspectos a serem levados em consideração, que comunica por meio de recursos artísticos e que demanda um olhar mais apurado. A universalidade da linguagem não verbal não é mencionada; a linguagem não verbal já era utilizada antes do surgimento da cultura de massa; e tanto a linguagem verbal quanto não verbal podem ser matéria-prima da arte e fonte de ofensas.


Pergunta 2

  • 1 em 1 pontos
  • A receita do Miran [Oswaldo Miranda] era muito simples (para quem sabe...): ilustração a serviço da página, harmonizando e dialogando com a tipografia; títulos das matérias produzidos manualmente, pelo velho e bom sistema de fotoletras; brancos generosos e, para arrematar, colunas de texto cuidadosamente editadas, com escolhas de tipo estratégicas para criar interesse visual. Miran sabe tirar vantagem do fato de ser ilustrador, calígrafo e diretor de arte ao mesmo tempo.

  • Fonte: FERLAUTO, C. Raposa Magazine. In: ROCHA, C.; de MARCO, T. (eds.) Tupigrafia, São Paulo, Bookmakers, mar. 2005, p. [28], n. 6.
  •  
  • O que é possível concluir sobre o trabalho dos designers gráficos em geral, a partir dessa lista de qualidades citadas por Claudio Ferlauto a respeito do trabalho de Miran para a Raposa Magazine?

  • Resposta Selecionada: O designer gráfico não só precisa ter sensibilidade estética como precisa conhecer os códigos e as técnicas da linguagem não verbal.

  • Resposta Correta: O designer gráfico não só precisa ter sensibilidade estética como precisa conhecer os códigos e as técnicas da linguagem não verbal.

  • Feedback da resposta:A partir de todos os elogios tecidos por Claudio Ferlauto a Miran, é possível perceber que o designer gráfico não só é um artista e tem sensibilidade estética como conhece bem os códigos e as técnicas da linguagem não verbal, sabendo fazer uso deles em favor da revista para qual estava trabalhando. É isso que se espera de um bom profissional da área.


Pergunta 3

  • 0 em 1 pontos
  • [Jan] Tschichold ilustra sua discussão dos elementos básicos da nova tipografia com exemplos de seu próprio trabalho, e também com projetos de Kurt Schwitters, Willi Baumeister, Piet Zwart e Paul Schuitema, entre outros. Ele avalia o uso do espaço em branco e do contraste no leiaute e a importância da fotografia como meio de comunicação, e promove a padronização pela adoção de formatos de tamanho de papel DIN (Deutsche Industrie Norm ou Norma Industrial Alemã).

  • Fonte: GODFREY, J. Die neue Typographie, Jan Tschichold. Biblio Gráfico: 100 livros clássicos sobre design gráfico. Trad. C. Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2009, p. 15.
  •  
  • Ao descrever o livro Die neue Typographie, de Jan Tschichold, Jason Godfrey menciona alguns elementos da comunicação visual, como a tipografia, o leiaute (layout) e a fotografia. Além destes, o autor menciona mais um aspecto importante ao qual o revisor sempre deve estar atento. Este aspecto é:

  • Resposta Selecionada: Os espaços em branco.

  • Resposta Correta: A padronização.
  • Feedback da resposta:Prestar atenção à padronização gráfica é uma das importantes missões do revisor. São exemplos de elementos que devem estar padronizados: os caracteres tipográficos para texto, título, aberturas, legenda etc.; as ilustrações (fotos e desenhos); os boxes (quadros); e as ligações foto-texto, texto-título, título-foto.


Pergunta 4

  • 1 em 1 pontos
  • A maneira mais convencional e acomodada de encarar a fotografia é tratá-la como um mero complemento da informação escrita. Ela é muito mais que isso, e o fotojornalismo tem uma história à parte do jornalismo escrito para comprová-lo.
  • O recurso visual do jornalismo impresso moderno deve ser entendido como uma possibilidade complementar e suplementar à informação textual. Não serve apenas para ‘arejar a página’ ou ‘valorizar a notícia’, tampouco para preencher eventuais vazios que a falta de planejamento tenha criado.

  • Fonte: Procedimentos. Manual da redação: Folha de S.Paulo. Ed. rev. e atual. São Paulo: Publifolha, 2005. p. 32-3.
  •  
  • A partir deste trecho do Manual da redação da Folha de S.Paulo, podemos afirmar que, num jornal, a fotografia:

  • Resposta Selecionada: É um recurso de comunicação tão importante quanto o texto escrito e pode servir como fonte de informação.

  • Resposta Correta: É um recurso de comunicação tão importante quanto o texto escrito e pode servir como fonte de informação.

  • Feedback da resposta:No jornal, a fotografia é mais do que um elemento estético e serve para informar tanto quanto o texto escrito, trazendo informações adicionais ou reforçando as informações apresentadas na notícia.


Pergunta 5

  • 1 em 1 pontos
  • Olhando com a perspectiva de três décadas, a experiência do [jornal] Pato Macho não deixou nenhuma qualidade visual ou gráfica. Mas como resultado do cruzamento de duas eras tecnológicas ele é um espelho fiel das mudanças que transformaram as artes gráficas em design gráfico. O Pato, graficamente, é o resultado da passagem do mundo das máquinas tipográficas e da composição a quente, para o mundo do offset e da fotocomposição, ainda muito longe (a não ser no plano das ideias e da teoria) das realidades do mundo digital. Mas não é só isso. Ele também reflete as revoluções e a rebeldia dos anos 60 e 70 do século passado. Mostra uma convivência conflituosa entre o novo e o velho.

  • Fonte: FERLAUTO, C. Pato Macho: um jornal gaúcho em 1971. In: ROCHA, C.; de MARCO, T. (eds.) Tupigrafia, São Paulo, Bookmakers, mar. 2005, p. [20], n. 6.
  •  
  • Muitos acreditam que o trabalho do revisor consiste apenas na correção dos aspectos ortográficos e gramaticais de uma obra. Outros reconhecem que a revisão também inclui uma leitura crítica do texto escrito. Este trecho da revista Tupigrafia, editada por Tony de Marco e Claudio Rocha, mostra ainda um outro aspecto importante para o trabalho do revisor. Que aspecto seria este?

  • Resposta Selecionada:  Olhar o texto como um todo, reconhecendo seus elementos verbais e não verbais, que podem estar carregados de traços ideológicos e do tempo em que foram concebidos.
  • Resposta Correta:  Olhar o texto como um todo, reconhecendo seus elementos verbais e não verbais, que podem estar carregados de traços ideológicos e do tempo em que foram concebidos.
  • Feedback da resposta:Além de prestar atenção aos aspectos verbais de uma obra, o revisor também deve olhar a obra como um todo, pois os aspectos não verbais também carregam informações ideológicas e traços do tempo em que foram concebidos. Se julgar necessário, o revisor deve fazer apontamentos para que o editor reavalie o design da obra e os seus elementos.


Pergunta 6

  • 1 em 1 pontos
  • Afinal, o que vem a ser história em quadrinhos?
  • Podemos defini-la como uma forma de expressão artística constituída por dois tipos de linguagem: a linguagem gráfica (a imagem) e a linguagem verbal (o texto).

  • Fonte: CAMPOS, M. de F. H.; LOMBOGLIA, R. HQ: uma manifestação de arte. In: LUYTEN, S. M. B. (org.) Histórias em quadrinhos: leitura crítica. São Paulo: Edições Paulinas, 1984. p. 14.
  •  
  • Com base na definição dada por Maria de Fátima Campos e Ruth Lomboglia, o que se pode dizer sobre a relação entre texto e imagem nas histórias em quadrinhos (HQs)?

  • Resposta Selecionada: Texto e imagem são igualmente importantes para a composição de uma HQ e complementam-se mutuamente.

  • Resposta Correta: Texto e imagem são igualmente importantes para a composição de uma HQ e complementam-se mutuamente.

  • Feedback da resposta:Texto e imagem são partes igualmente importantes das HQs e se complementam, dando suporte uma à outra. O quanto cada uma desta trará de significado em termos de comunicação dependerá, justamente, da composição pensada para a história.


Pergunta 7

  • 1 em 1 pontos
  • A escolha do tipo, do sistema de composição em que se devem gravar os caracteres, do papel onde se imprimirá essa composição e, finalmente, o cálculo prévio da quantidade de páginas que deverá ter o livro constituem o âmbito do projeto gráfico.

  • Fonte: ARAÚJO, A. O projeto gráfico. In: A construção do livro: princípios da técnica de editoração. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Brasília: Instituto Nacional do Livro (INL), 1986. p. 289.
  •  
  • A elaboração do projeto gráfico é anterior à revisão de texto e busca combinar proposta editorial e identidade visual para melhor explorar forma e conteúdo. De que maneira o revisor pode se relacionar com esta etapa da produção?
  •  

  • Resposta Selecionada: Quando o revisor conhece o projeto gráfico, tem uma visão mais ampla de seu trabalho, podendo fazer sugestões e apontar problemas que vão além do texto.

  • Resposta Correta: Quando o revisor conhece o projeto gráfico, tem uma visão mais ampla de seu trabalho, podendo fazer sugestões e apontar problemas que vão além do texto.

  • Feedback da resposta:Quanto mais o revisor conhecer todo o processo de produção de um livro, inclusive a elaboração do projeto gráfico, melhor será seu desempenho, pois poderá apontar problemas e fazer sugestões que melhorem o trabalho de todos.


Pergunta 8

  • 1 em 1 pontos
  • Qualquer que seja a orientação visual ou o grafismo infundido na página pelo diagramador, seu norteamento sempre residirá no princípio da legibilidade, isto é, no poder de comunicação da palavra impressa tal como acomodada num certo espaço. Em sentido restrito, essa legibilidade depende da maneira como se dispõem os caracteres (em palavras, frases, períodos) nas linhas, tornando a leitura cômoda ou, ao contrário, às vezes quase impraticável; em amplo sentido, porém, tal disposição deve combinar-se à própria organização da página, vale dizer, o modo como se articulam nesse espaço os elementos que o conformam em um todo, em uma unidade.

  • Fonte: ARAÚJO, A. O projeto visual. In: A construção do livro: princípios da técnica de editoração. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Brasília: Instituto Nacional do Livro (INL), 1986. p. 401-2.
  •  
  • Em outras palavras, é possível dizer que o diagramador:

  • Resposta Selecionada: Articula ideias e elementos gráficos de forma que o leitor possa ter acesso fácil e agradável àquilo que está lendo.

  • Resposta Correta: Articula ideias e elementos gráficos de forma que o leitor possa ter acesso fácil e agradável àquilo que está lendo.

  • Feedback da resposta: O diagramador é o profissional que sabe articular os elementos gráficos de forma que eles se ajustem às ideias da obra, tornando o acesso a esse conteúdo mais fácil e agradável. Ele é fundamental para favorecer a disposição textual, facilitando a transmissão das ideias e mensagens aos leitores.


Pergunta 9

  • 1 em 1 pontos
  • Uma página — como um edifício ou uma sala — pode ter qualquer tamanho e proporção, mas algumas são nitidamente mais agradáveis que outras, e algumas têm conotações bem específicas. Um folheto que se abre e se reabre na mão é intrinsecamente diferente de uma carta formal, que descansa plana e imóvel, ou de um bilhete manuscrito que se dobra em quartos e se coloca em um envelope com outra forma e tamanho. E todas essas modalidades, por sua vez, são diferentes de um livro, no qual as páginas fluem sequencialmente aos pares.

  • Fonte: BRINGHURST, R. Dando forma à página. Elementos do estilo tipográfico: versão 3.0. Trad. A. Stolarski. São Paulo: Cosac Naify, 2005. p. 159.
  •  
  • Este trecho de Elementos do estilo tipográfico, de Robert Bringhurst, cita alguns meios de comunicação que utilizam o papel como suporte. Quando se pensa nas páginas de um livro, existe um profissional que se encarrega da organização visual de seu conteúdo. Quem é ele?

  • Resposta Selecionada: Designer.
  • Resposta Correta: Designer.
  • Feedback da resposta:Sim. É trabalho do designer cuidar da organização visual do conteúdo nas páginas de um livro. Nos ramos editoriais, esta especialização favorece uma busca pela qualidade total do conteúdo publicado.


Pergunta 10

  • 1 em 1 pontos
  • Vistos somente por homens e mulheres que empacotam, transportam e desempacotam caixas de papelão, talvez pareça haver pouca necessidade de que os sinais gráficos que adornam esses recipientes sejam projetados por profissionais. Today’s Hieroglyphs presta homenagem às habilidades de comunicação dos responsáveis por esses símbolos. O autor do livro, o designer suíço Hans-Rudolf Lutz (1939-1998), chama-os de ‘designers esquecidos’ e afirma que o produto de seu trabalho é uma linguagem visual coerente.

  • Fonte: GODFREY, J. Today’s Hieroglyphs, Hans-Rudolf Lutz. Biblio Gráfico: 100 livros clássicos sobre design gráfico. Trad. C. Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2009, p. 66.
  •  
  • Neste trecho, Jason Godfrey fala sobre o livro Today’s Hieroglyphs, de Hans-Rudolf Lutz, que traz como tema os sinais gráficos para transporte de embalagens. Por que o autor diz que os chamados “designers esquecidos” produzem uma linguagem visual coerente?

  • Resposta Selecionada: Porque esses sinais devem ser claros e sintéticos para que sejam facilmente compreendidos pelos diferentes trabalhadores pelos quais passarão.

  • Resposta Correta: Porque esses sinais devem ser claros e sintéticos para que sejam facilmente compreendidos pelos diferentes trabalhadores pelos quais passarão.

  • Feedback da resposta:Esses designers, embora não sejam artistas famosos, devem ter grande conhecimento de seu trabalho, já que criam símbolos que, apesar de serem muito simples, devem conseguir passar todas as informações necessárias aos trabalhadores que lidarão com eles.


Quarta-feira, 28 de Outubro de 2020 14h21min27s BRT

Respostas

User badge image

Ana Silvia

?
1
Dislike0
User badge image

Erik Saraiva

Obrigado, me ajudou muito na atividade.

1
Dislike0
User badge image

Marina Rodrigues

Muito obrigada pelo post - venho aqui, três anos depois agradecer -, está sendo de muita ajuda para a conclusão das atividades!

0
Dislike0

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Responda

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Mais conteúdos dessa disciplina