realmente, assim como em estudos científicos, o ideal é conhecermos ou investigar parcialmente alguém para poder chegar a um diagnóstico no mínimo provável.
Julgar o outro é não enxergar a verdade de cada um.
Vivemos relações nas quais julgamos e somos muito julgados. Penso que são ações pouco inteligentes, e isso por vários motivos.
Não é admissível julgar alguém, isso é uma abstração. Cada pessoa vê o mundo a partir de seu ângulo. É como se cada um de nós tivesse uns óculos que impusessem essas lentes para toda relação existente (e até quando olhamos para dentro de nós mesmos).
Do meu ângulo, cada percepção é sempre interpretação: e mesmo que eu me esforce muito para compartilhá-la, sempre será a partir da minha narrativa; o outro nunca terá acesso às minhas próprias lentes. Na melhor das intenções, ele pode se esforçar para imaginar como seria… Mas aí essa imaginação só será possibilitada pelo repertório das lentes dele.
Nesse mundo complexo das lentes próprias, nada é óbvio, e não existe senso comum. Na nossa tentativa de apaziguar a ansiedade que isso dispara, recorremos ao julgamento como se ele fosse um corrimão, como se emprestasse segurança e conforto num mundo onde isso não é dado.Nesse lugar não existe julgamento, existe aceitação. Isso tem limite, e o limite é justamente a falta de respeito.
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