Respostas
Primeiro, precisamos considerar que o IDEB avalia a qualidade da educação no território nacional. O Brasil é um país muito grande, portanto repleto de diversidade cultural e desigualdade social. Já o PISA, é uma avaliação a nível internacional e, se nem a nível nacional temos um bom desempenho na educação, seria até injusto comparar nosso desempenho com países de primeiro mundo.
Para um debate propositivo é fundamental identificar as localidades com maior desempenho e o que é feito de diferente para garantir um bom índice. Muitas vezes, será necessário um debate interdisciplinar entre educação, saúde, assistência social, segurança alimentar, e outros.
Outra proposição urgente é a revisão dos currículos escolares em nível local. A BNCC é um bom documento, mas as necessidades dos alunos da Amazônia são diferentes dos alunos de Santa Catarina (por exemplo). É preocupante que uma escola não tenha o próprio currículo atualizado, visando a comunidade onde a escola está inserida.
Uma outra possibilidade é repensar o IDEB. Será que uma prova (estruturada e fechada) é capaz de medir sozinha as potencialidades dos nossos alunos?
Há muito que se pensar, propor, debater...
Abraços!
Apesar de os dados do Ideb 2017 reforçarem um quadro já conhecido, é possível destacar a experiência de dois estados que vêm fazendo um trabalho consistente em seus sistemas públicos de ensino, mesmo em meio a um cenário socioeconômico desfavorável.
O primeiro exemplo é o Ceará, que tem o 23º PIB per capita entre os estados. O PIB per capita é o PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, a soma das riquezas produzidas em um estado ou País) dividido pelo número de habitantes de uma localidade. Ou seja: levando isso em conta, o Ceará é um dos entes federados mais pobres do Brasil, e mesmo assim, a rede pública do estado ficou com o 5º maior Ideb do País nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o 3º maior nos Anos Finais (junto a São Paulo) e o 4º maior no Ensino Médio (junto a São Paulo e Rondônia). Além disso, o Ceará é o estado brasileiro com a menor diferença na aprendizagem entre alunos mais ricos e mais pobres nos Anos Iniciais e nos Anos Finais do Ensino Fundamental, mostrando que oferta qualidade educacional com equidade para seus alunos.
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