É muito comum, na área médica, fazer uso tópico de anestésicos para bloquear a dor local e favorecer alguns procedimentos invasivos. A base científica para a realização de tal procedimento vem do conhecimento que temos sobre os neurônios e a forma como se comunicam.
Sabe-se que as conduções de informações elétricas realizadas pelos neurônios são dependentes de alguns eletrólitos, sendo que a este fenômeno foi atribuído o nome “potencial de ação”, o qual, didaticamente, pode ser dividido em etapas.
Referente as etapas do potencial de ação e a morfofisiologia dos neurônios, é possível bloquear a dor, ainda que momentaneamente, pois os anestésicos locais são:
bloqueadores de bomba de sódio e potássio na fase de hiperpolarização do potencial de ação. Desta forma, o neurônio não consegue conduzir a informação.bloqueadores de canais de sódio na fenda sináptica. Desta forma, o potencial de ação não é iniciado e o neurônio não consegue transmitir a informação.estimuladores de bomba de sódio e potássio. Assim, quando o sódio entra para despolarizar a célula, a bomba rapidamente faz a inversão e cessa a condução da informação aferente.bloqueadores de canais de potássio na fenda sináptica. Desta forma, o potencial de ação não é finalizado e o neurônio não consegue transmitir a informação.estimuladores de dendritos, que são capazes de inverter o sentido da informação percorrida ao longo do neurônio, impedindo a condução da informação até o Sistema Nervoso Central.
Resposta:
bloqueadores de canais de sódio na fenda sináptica. Desta forma, o potencial de ação não é iniciado e o neurônio não consegue transmitir a informação.
Um procedimento de fundamental importância para a Medicina da Dor recebe o nome de Bloqueio. De maneira resumida, o Bloqueio consiste em interromper impulsos sensoriais de uma região do corpo específica, diminuindo ou até eliminando por completo a dor.
Geralmente os bloqueios são realizados com uso de um método de imagem, como raio-x ou ultrassonografia, de forma que se possa infiltrar estruturas específicas de maneira mais precisa e segura.
Os médicos da dor contam com uma grande variedade de bloqueios para atuar em situações e contextos diversos. A maioria deles visa uma área bem específica, tendo como alvo um determinado nervo. Outros, menos específicos, visam áreas mais amplas. O exemplo mais comum deste procedimento mais abrangente é o bloqueio peridural com corticoide.
A maioria dos bloqueios incluem uma injeção de medicação, normalmente um anestésico local ou um anti-inflamatório, que interrompe os sinais dolorosos ou diminui a inflamação na área. No caso dos bloqueios com anestésicos locais, a dose é mantida em uma pequena concentração, a fim de que somente a dor seja reduzida, mas não outras funções como o movimento dos membros.
A ação dos bloqueios varia muito conforme cada paciente e dependendo das respectivas patologias envolvidas. O efeito pode acabar dentro de horas ou semanas. Em alguns casos, o efeito de se desligar os sinais dolorosos pode durar muito mais.
Uma forma essencial de uso destas técnicas é o chamado bloqueio diagnóstico. No Singular, este recurso é considerado essencial para o tratamento de diversos tipos de dor, pois através dele, o médico consegue realizar um "mapeamento da dor". As injeções servem inicialmente para se encontrar de maneira mais eficaz e específica o local de origem da dor. A partir desta primeira intervenção, o médico da dor pode elaborar a estratégia mais eficaz para o seu paciente.
Quando utilizado para o tratamento em si, os bloqueios podem fazer uma diferença significativa na diminuição ou até eliminação de condições dolorosas agudas ou crônicas. Um exemplo, neste caso, é o bloqueio simpático, que vem sendo utilizado no tratamento da Síndrome de Dor Complexa Regional, entre outras patologias.
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