A reeducação significa o ato de educar novamente o indivíduo que se afastou das “normas educacionais” socialmente impostas. No que diz respeito aos detentos o ato de reeducar seria alcançado com o cumprimento da pena, a pena tem a finalidade de fazer com que o recluso reflita sobre o seu erro e busque repará-lo. Porém atualmente o que se observa é que esse objetivo não é alcançado, ao contrário corrompe o infrator, sem antecedentes (primário) e especializar aquele já imiscuído na criminalidade (reincidente contumaz).
O que se observa é que não há um efeito ressocializador da pena notadamente, devido às condições em que a mesma é cumprida, sem que permita uma existência digna e assim acarretando em qualquer reflexão por parte do detento que o leve a uma proposta de vida, com a retomada de seu destino.
Uma vez que o sistema prisional encontra-se esgotado, não basta apenas investir apenas no encarceramento. Deve haver investimento do Poder Público na recuperação dos indivíduos encarcerados, através de políticas de políticas de trabalho e educação, a fim de garantir que os mesmos tenham condições de refazer suas vidas e não caiam na reincidência.
É dever do estado punir e reprimir o infrator, porém o sistema serve somente para manter o sujeito afastado da sociedade, onde o mesmo é levado para uma penitenciária excluído do convívio social como forma de punição pelo crime praticado. Tendo em vista que o ambiente assistido nas prisões são de pura violência, disputas de sobrevivência, torturas, etc. mostrando no geral que o sistema, não coopera para a ressocialização do condenado.
Na visão da sociedade o encarceramento é interpretado como justiça, pois muitas vezes o sentimento de impunidade grita no coração das pessoas que pedem pelo afastamento do infrator. Em muitos casos os detentos acabam cumprindo muito além daquilo que lhe foi sentenciado, não possuindo um tratamento digno e não recebendo os benefícios que lhes são de direito. Sendo esquecidos, não possuindo a mínima condição de ressocialização, gerando revolta e agressividade.
As políticas sociais vão no sentido de tentar responder a situações de desigualdade social, as quais nos levam a compreender a proteção social, que pretende promover um conjunto de ações mais focadas no assistencialismo e que deem respostas às situações de maior necessidade que possam existir.
O Estado tem como seu papel prioritário garantir, com recursos dos impostos, a manutenção do aparato de segurança pública. Mas a questão da qualidade de vida nas nossas cidades e da sensação individual de segurança passa por atitudes individuais e coletivas de toda a sociedade, seja governo, instituições de ensino, de saúde, sociedade civil, iniciativa privada, organizações não governamentais e outras.
Cabe ao Estado a adoção de medidas educativas e ressocializadoras com o objetivo de oferecer aos presos orientações e condições humanizadas enquanto estiverem encarcerados. É necessário oferecer-lhes condições para que os mesmos possam ser reintegrados ao meio social, reduzindo os números de reincidência e consequentemente reeducando o preso por meio de capacitação profissional, educação, atendimento psicológico e assistência social. Deve ser levado em conta os vínculos afetivos familiares que constituem pilares sólidos para uma boa regeneração, incentivando-o a não mais delinquir. A pena privativa de liberdade não recupera ninguém, mas é no momento de reclusão que deve ser trabalhado por meio dos agentes penitenciários os laços do preso com seus familiares, tratando-os como seres humanos e demonstrando o quanto é significativa sua participação na sociedade de forma ética e justa.
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