Foi um movimento elitista, pois não teve participação direta da população. A proclamação foi toda articulada pelas elites brasileiras com auxílio das forças militares do exército. A proclamação é vista por muitos historiadores como um golpe cívico-militar justamente pela falta da participação popular.
A Proclamação da República, em 1889, não foi um movimento popular, mas sim, um movimento elitista.Listando os principais fatores que contribuíram para a instauração da República pelo golpe militar do Marechal Deodoro da Fonseca, veremos que não houve participação popular no golpe:A questão republicana era atual devido à expansão do republicanismo. O Partido Republicano foi fundado em 1873 como dissidência do Partido Liberal. O grupo dos principais cafeicultores paulistas aderiu ao movimento republicano na chamada Convenção de Itu.Esta questão se liga à questão cafeeira: os cafeicultores paulistas, que detinham parcela cada vez maior do produto nacional e formavam o Oeste paulista, principal centro econômico do país, não encontravam contrapartida na política, já que o Império era muito centralizado no Rio de Janeiro e sua burocracia não estava ligada aos interesses dos cafeicultores.Os militares também estavam insatisfeitos com o Império. Fortalecidos após a vitória na Guerra do Paraguai, a corporação foi assumindo uma posição política cada vez mais proeminente. Baseados no positivismo, os militares começaram a entrar em choque com a política civil até darem o golpe militar e instituírem a República.A questão religiosa diz respeito ao desgaste do governo imperial em relação à Igreja Católica. Isso ocorreu porque o Papa Pio IX, em 1864, proibiu a permanência de membros da maçonaria dentro dos quadros da Igreja. O imperador, ele mesmo pertencente à maçonaria e cercado de políticos da mesma linha, rejeitou a bula e condenou os bispos que seguiram o Papa. Foi assim que a Igreja deixou de apoiar a monarquia, mesmo sem conspirar contra efetivamente.Por fim, a questão abolicionista vinha se arrastando até a promulgação da Lei Áurea, em 1888, sob a pena de Princesa Isabel. Os escravos livres, contudo, continuaram sofrendo nas condições precárias de sua liberdade - e a questão, que já desgastava o Império politicamente há anos, permaneceu como fator de crise já que muitos republicanos denunciavam o Império como atrasado por ainda manterem a escravidão.
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