A sociedade está em cosntante transformação, dessa maneira, a norma como subterfúgio da ordem social deve também acompanhar estas mudanças. Dessa maneira, viu-se que o adultério como uma questão moral, logo, deveria se retirar do Direito Penal.
Perdeu objeto, haja vista a relativização do adultério na sociedade atual. Trata-se de um bem jurídico que deixou de ser necessária a tutela, devido a falta de sentido no contexto atual. Antigamente, fazia sentido numa sociedade patriarcalista e machista o adultério ser crime; hoje, ainda que cause danos de ordem moral na análise do caso concreto, por certo que se prendêssemos todos aqueles que são adúlteros, grande parte da população estaria encarcerada. Cabe ainda uma discussão acerca do sujeito ativo de tal crime: homens eram adúlteros e não eram condenados nem indiciados, apenas as mulhers (!). No momento em que é percebido que a transformação social muda a necessidade de tutela do bem jurídico, o judiciário deve adaptar-se no mesmo sentido, eis que nosso ordenamento jurídico rígido em relação ao direito penal, impede que o legislador acompanhe essa movimentação na mesma velocidade.
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