São quatro: variação diacrônica, variação diatópica, variação diastrática e variação diamésica.
a) Variação diacrônica (através do tempo): As línguas variam de acordo com o tempo. Nesse tipo existem dois processos envolvidos: a história externa (diz respeito à maneira como evoluem ao longo do tempo em suas funções socioculturais). Ex: A expressão "estar de bonde" que, antigamente, significava "estar com a namorada". Hoje essa expressão caiu em desuso, pois o contexto em que vivemos é outro, bem como as pessoas mudaram. Outro tipo de variação diacrônica é a história interna que diz respeito às mudanças que ocorrem na própria gramática da língua. Ex: O pronome você que, anteriormente, era "Vossa Mercê".
b) Variação diatópica (do grego dia = através de; topos = lugar): As línguas variam de acordo com a região geográfica. Ex: Tangerina, que em outras regiões possuem nomes distintos, como bergamota, mexerica, etc.
c) Variação diastrática: As línguas variam de acordo com o estrato social, como a comparação entre população menos escolarizada versus população mais escolarizada. Ex: perda do -s da desinência da primeira pessoa plural: "nóis cantamo", por nós cantamos.
d) Variação diamésica: As línguas variam de acordo com os diferentes meios e veículos. Ex: Na fala usamos expressões como "né", "ocêis", "disseró"; mas na escrita evitamos esses usos.
Para reflexão sobre o tema, recomendo o documentário "Língua: Vidas em Português". Espero ter ajudado!
Referências Bibliográficas
BASSO, Renato; ILARI, Rodolfo. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Editora Contexto, 2006.
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