Leia os textos abaixo:
Há um único espaço universal, uma única e
vasta imensidão que podemos chamar
livremente de o Vazio; nele existem inúmeros
globos como este em que vivemos e
crescemos; declaramos ser este espaço
infinito, uma vez que nem a razão, nem a
percepção sensível nem a natureza lhe
conferem um limite. (...) O mundo é infinito e,
por conseguinte, não existe nele nenhum
corpo ao qual coubesse estar no centro (...).
Giordano Bruno.
Já se sublinhou muitas vezes – com justiça –
que a destruição do cosmos e a perda, pela
terra, de sua situação central e singular, levou
inevitavelmente à perda, pelo homem, de sua
posição singular e privilegiada do drama
teocósmico da criação, da qual o homem era,
até então, tanto a figura central como a cena.
Ao fim da evolução, encontramos um mundo
desprovido de sentido da filosofia científica
moderna. Ao fim, encontramos niilismo e
desespero.
Alexandre Koyré
O universo dos medievais era limitado pela
abóboda celeste tendo a terra como o centro
em torno do qual todas as coisas de Deus se
moviam. Na concepção religiosa medieval,
inspirada em Aristóteles e Ptolomeu, o
universo inteiro existia para a contemplação do
homem, criado à imagem e semelhança de
Deus, criatura esta privilegiada dentro de um
universo fechado e bem-ordenado. A partir dos
filósofos modernos, sobretudo Giordano
Bruno, Copérnico e Galileu, o universo se
expande e torna-se infinito
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