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ambém na década de 1970, os epidemiologistas Jaime Breilh e Asa Cristina Laurell propõem um paradigma alternativo: no lugar da história natural da doença, a história social da doença, abordando o processo saúde-doença em seu duplo caráter, o biológico e o social. “Para a Multicausal, existem vários fatores que causam as doenças, mas as causas sociais e biológicas estão no mesmo nível. Para Breilh, o social determina a ocorrência do biológico, pois temos que ver o modo de vida das pessoas para explicar certas doenças. Além disso, a Multicausal trata os fatores isoladamente, vendo o fenômeno de forma parcial. Já Breilh diz que o fenômeno saúde-doença deve ser visto em sua totalidade, considerando os processos gerais, particulares e singulares de cada indivíduo”, explicou.
Segundo Francisco, todas as teorias anteriores deram origem ao que hoje se chama de Determinantes Sociais de Saúde, que define que as condições de vida e trabalho das pessoas influenciam em sua situação de saúde. De acordo com ele, vários conceitos foram formulados para definir os DSS, mas alguns são muito próximos da Teoria Multicausal porque não relacionam as causas das doenças. “A relação da determinação não é uma relação direta de causa e efeito. Há vários fatores que influenciam, mas incidem de formas diferentes entre os grupos sociais”, explicou.
Para o professor, as áreas de pesquisa e ensino têm como principais desafios hoje estabelecer uma hierarquia dos DSS, entendendo que as relações entre os indicadores de riquezas e de saúde não são constantes, têm outras variáveis. “Alguns fatores que explicam as diferenças no estado de saúde dos indivíduos não explicam as diferenças entre grupos de uma sociedade”, concluiu.
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